Livro: "Os Mistérios de Enola Holmes (Livro 5): O Caso da Crinolina Misteriosa" de Nancy Springer

Título: Os Mistérios de Enola Holmes (Livro 5): O Caso da Crinolina Misteriosa

Título Original: The Case Of The Cryptic Crinoline: an Enola Mystery


Autora: Nancy Springer

Tradução: Paulo Ferro Jr.

ISBN: 978.85.7679.499-8

Ano: 2012

Editora: Novo Século

Gênero: Aventura, Ficção, Policial ou Investigação


Informações adicionais:
Número de páginas: 160
Tipo de diagramação: simples, os abres dos capítulos possuem arabescos trabalhados
Cor das páginas: amareladas
Fonte: agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: dura, brilhante, sem orelhas laterais, com abres em verde escuro (para combinar com o vestido dela)


Sinopse: 
Para Enola, que tem saudades de sua mãe ausente e continua fugindo de seus irmãos mais velhos, parece ser fundamental em sua vida o fato de que seu nome de trás para frente se soletre Alone, ou seja, sozinha, em inglês. 
Seus dias em Londres são solitários, e ela conhece pouquíssimas pessoas, com exceção de sua senhoria, Sra. Tupper. Que apesar de quase surda, e péssima cozinheira, é muito afetuosa – na verdade o mais próximo que Enola tem de uma família nestes dias. Então imagine seu horror quando ela descobre que a Sra. Tupper foi sequestrada? 
Quem a levou, e por quê? E o que Florence Nightingale tem a ver com isso? Parece que há mais coisas sobre a bondosa Sra. Tupper do que o olho poderia dizer. 
E sem se importar com o risco, Enola não descansará até que sua querida Sra. Tupper esteja a salvo em casa. E quem quer que a tenha levado, é melhor se cuidar – porque desta vez, é pessoal.

Curiosidades e informações:


A autora Nancy Springer baseia sua obra no detetive criado por Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, e usa de personagens criados pelo autor para dar vida a sua própria personagem nesta coleção de 6 livros.

Eu gostei bastante da coleção, mesmo que não tenha reconhecido no Mycroft dela o que eu tive em mente ao ler os contos originais onde ele apareceu. Porém, convenhamos, não há muito o que se usar de factual nas atitudes do "mais inteligente dos irmãos Holmes" e coube mesmo um improviso por parte dela.

Os livros, mesmo sendo infanto juvenis, são tão envolventes que você passa pela leitura de todos sem perceber. Aliás, quando se acaba um, obrigatoriamente somos levados a ler o seguinte, algo maravilhoso e empolgante quando se trata de sagas de livros. (Eu eu só explico que demorei tanto para fazer a resenha desses últimos porque os emprestei assim que terminei a leitura para uma amiga de outra cidade, então estou fazendo esta resenha agora, mas ainda estou sem ele em mãos, então perdoem se faltar algum detalhe a mais, ok?)

Sem contar que os livros trazem curiosidades pontuais interessantes e que são verídicas, o que ajuda a aprender um pouco mais ao ler. Por exemplo, as explicações dos significados das flores, o que, para as mulheres é bacana, mas para os homens é bem útil para não dar aquela flor com significado errado pra paquera ou pra mãe, sabe? E você vai aprender isso em um livro de mistério, então nem tem como ser "zoado" pelos amigos.

Porém, uma coisa triste eu tenho que contar, faltou um certo cuidado da editora na hora de trabalhar a obra, já que os 3 primeiros livros só saíram em capa simples e os 3 últimos apenas em capa dura, o que visualmente não é bacana para quem quer fazer a coleção, não acham?


Outro ponto que me deixou chateada foi a falta de revisão no texto, já que o tradutor era um moço e constantemente Enola responde como um rapaz ("obrigado", "agradecido" e por aí vai), o que não é bacana para a faixa de idade no qual ele é destinado, afinal faz com que as meninas em fase de vestibular acabem naturalizando um erro que tira muitos pontos na hora da redação.


Nota:


Diagramação:

Como o anterior  o próximo, mas diferente dos três primeiros, este aqui possui capa dura, mas no momento eu vou ficar devendo as fotos por eles estarem emprestados (desculpe). Os capítulos tem uma marca mais elaborada nos abres, o que ajuda bastante na localização. Internamente, ele tem a diagramação igual aos livros anteriores, que já comentei anteriormente e fotografei aqui, mas na capa mesmo há a diferença para a capa dura.

Salvo os errinhos de digitação ou de concordância, a coleção é fabulosa e acho uma pena só ter descoberto ela tanto tempo após o lançamento. Porém recomendo a leitura para presentear crianças ou jovem adolescentes, que não gostam muito de ler, pois certamente vão acabar fisgados pela trama e ão perceber o como é legal sim a leitura.

Todos livros começam no ápice da história, tendo o primeiro capítulo sempre voltado ao acontecimento mais marcante dele e posteriormente recuando no tempo para explicar como Enola foi parar ali. Um recurso narrativo bem bacana e que ajuda ainda mais a criar aquela curiosidade.


Resenhas:

Enola ainda esta vivendo com algumas identidades secretas, a que ocupa a maior parte do tempo é a de Ivy, como secretaria do Dr. Rogostin, que não existe de fato, como sua esposa bem mais nova e como a "irmã" de caridade que sai nas noites sombrias para ajudar os desabrigados e famintos de Londres. Como cada um deses disfarces, ela praticamente esta em uma confusão diferente, o que é maravilhoso.

Os livros de Enola tem sim como motes principais a procura de sua mãe e a fuga dela de seus irmãos, mas cada nova edição vai apresentando um caso diferente e é extremamente divertido acompanhar seu desenrolar.

Acho que este quarto seja o mais sério deles, o que eu demorei um pouco mais para ler por ser um tiquinho menos leve na trama que os demais. Mas ainda assim, ele é fabuloso e mostra o amadurecimento da autora.

Já faz alguns livros que Enola se comunica com sua mãe pelo jornal através do código das flores, mensagens que estão constantemente na cara de seus irmãos, mas as quais eles não compreendem. Porém, nesta edição, vamos levados a entender que um deles sim pode compreender o código e replicá-lo, passando-se por sua mãe ao marcar um encontro com a filha. Já que em todas as outras mensagens a senhora Holmes semostrou sempre evasiva e nunca contou nem mesmo a Enola por onde anda. Mesmo quando ela lhe implorava por encontrá-la.

Aliás, Enola não tem mais posse de seu livro de códigos, ele esta com um de seus irmãos e isso a entristece profundamente, já que era sua última conexão com sua mãe e ela não pode aceitar perdê-la de forma alguma.

Toda a confusão acontece quando a casa em que Enola está "escondida" como se chamasse Ivy, é invadida. A senhora Tupper, sua senhoria, pode estar correndo um terrível perigo, mas nem ela mesma e nem Enola conseguem compreender porque alguém entraria na residência de uma senhora de idade e reviraria tudo assim.

É somente agora que nossos próprios olhos se voltam a senhoria de Enola. A senhora Tupper tem uma história de vida triste, que a fez acabar quase surda, morando sozinha, com móveis e roupas já gastos e tão pouco dinheiro que a fazem alugar um quarto para uma senhorita desconhecida.

Para a trama, a autora usou uma personagem real Florence Nightingale, conhecida como a Dama da Lamparina. Uma enfermeira, que no período da guerra ficou conhecida por auxilar soldados até na linha de frente. Grande ajuda para resgatar mulheres e crianças, ela também empenhou seu máximo para ajudar os homens feridos em combate. E isso, é a história real da moça, mas a autora a utiliza como uma espiã dupla neste livro, mas faz questão de deixar claro no rodapé para os leitores mirins o que é fato e o que é ficção, para não confundir a cabeça de ninguém.

É quando sua senhoria é sequestrada em um descuido de Enola que ela, em grande desespero, acaba chegando a Florence e implorando para ser atendida. Afinal, a mulher nega falar em pessoa até com os líderes de estado, já que sua saúde é frágil, mas ela não pode desistir, já que a vida da senhora Tupper depende disso.

Florence, aliás, acaba colocando Sherlock Holmes no caso também, ela quer ter certeza de que Tupper será resgatada. Sherlock, aliás, acaba encontrando Enola, mesmo disfarçada, usando uma arma secreta que nos encantou no primeiro livro, sabe? Ele quase não consegue crer que tão formosa dama seja sua jovem e rebelde irmã quando coloca seus olhos nela.

O final é tocante e dá um desfecho muito bom para essa pobre senhoria que vive sozinha. Achei que foi um dos finais mais fofos, sabe? E também deu para perceber que ela era bem mais espertinha do que Enola supunha, o que foi maravilhoso.


Outros livros da coleção:
Livro 1: O Caso do Marquês Desaparecido
Livro 2: O Caso da Senhorita Canhota
Livro 3: O Caso dos Buquês Bizarros
- Livro 4: O Caso do Estranho Leque Rosa
- Livro 5: O Caso da Crinolina Misteriosa
- Livro 6: O Caso do Adeus Cigano


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