Livro: "Do Outro Lado da Porta" por Amarilis de Oliveira, pelo espírito Elizabeth

Título: Do Outro Lado da Porta

Autora: Amarilis de Oliveira, pelo espírito Elizabeth

ISBN: 978.85.7722.641-2
Ano: 2019
Editora: Vida e Consciência

Gênero: Romance
Número de páginas: 224
Tipo de diagramação: abres simples com numeração escrita dos capítulos em fonte diferente
Cor das páginas: amareladas
Fonte: sem serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura fosco, com orelhas laterais


Sinopse: 
Nesta história emocionante, você entenderá que, presas às ilusões, muitas pessoas, pretensiosamente, deliberam sobre a vida de outras, inconscientes da própria tirania. Sob o pretexto de agirem para o bem de todos, tomam decisões que geram graves consequências. A vida, contudo, nos convida diariamente ao aprendizado, basta observarmos a grandeza de suas lições e a liberdade que ela nos proporciona para seguir nossos próprios caminhos.



 Nota:




Resenha:

Esse livro conta a história da vida de Elizabeth, exatamente a mesma Elizabeth que o narra para a autora, porém não há nenhuma menção religiosa ou algum ensinamento final sobre a reencarnação desse espírito. Em suma, e um livro que saiu por uma editora espírita, mas que se analisar bem não é um livro espírita, então pode ser lido por pessoas de todas as religiões sem problema algum de contrariar suas próprias crenças.

O livro se passa por volta da década de 70, ou seja, uma época em que mulheres não tinham tanto acesso ao mercado de trabalho e que filhos fora de um casamento eram socialmente mal vistos. É nesse contexto em que Elizabeth nasce, sua mãe e pai tiveram um tórrido romance que se encerrou após alguns meses, quando ele foi obrigado a voltar para sua cidade e nunca mais voltou.

Rico, o pai dela foi impedido por sua mãe de procurar a mulher que ele disse tanto amar e particularmente faltou interesse dele para isso sim. A moça não sabia que ele era rico, mas como financeiramente ela não tinha condição de procurá-lo (afinal, ela nem sabia que ele era rico e mulheres não trabalhavam naquela época) tudo o que pode fazer foi enviar cartas para ele contando da gravidez e que foram interceptadas pela mãe dele.

Com o tempo ela acaba criando a filha sozinha e conhece um outro homem com quem casa e tem mais dois filhos. Ele trata Elizabeth como filha legítima e a deu seu sobrenome para que a moça não ficasse "marcada" socialmente.

No íntimo a mãe dela achava que seu grande amor havia morrido e é um choque quando após amenina completar 20 anos ele apareça procurando-as. Afinal após a morte da mãe em fim ele decidiu mexer a bunda da cadeira ao encontrar as cartas que ela havia escondido.

Particularmente eu não consegui sentir nenhuma conexão com a Elizabeth, no começo ela é toda "não vou dar uma chance pra ele", "ele nos abandonou" e "o dinheiro dele não vai me comprar", mas é visível o como ela muda de ideia rapidinho ao ver que ele mora em uma mansão. Ela não queria ficar nem 15 dias com ele no começo e logo já está fazendo viagem internacional de meses (sim, antes de dar esses 15 dias).

O padrasto dela para mim é a pessoa mais memorável no livro, ele realmente pensa no bem estar dos filhos (e não exatamente no financeiro, mas na felicidade mesmo) e se demonstra sempre disposto a ajudar a filha. Enquanto isso a mãe entra numa vibe "te odeio para não mostra que te ama" mas com atitudes de uma menina de 15 anos, não de uma mulher adulta e mãe de 3 filhos. Ela simplesmente decide que irá falar no tribunal que nem sabe quem é o pai da moça para deixá-la como uma bastarda só para não deixar o ex namorado registrar a própria filha em sua nome e incluí-la em sua herança, sendo que apropria moça disse que quer.

Elizabeth acaba se casando com um homem que também não acrescenta nada em sua vida, um homem que acha que amar é controlar a mulher e vê a ajuda financeira do sogro como uma humilhação, que prefere sumir no mundo que aceitar ajuda do sogro para cuidar da própria esposa e do filho.

Eu gostei de livros anteriores da autora, mas infelizmente com esse não rolou uma simpatia com as personagens não. No entanto, para uma leitura leve e despretensiosa o livro é muito bom de se ler.


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