Livro: "Marabô o guardião das matas" de José Augusto Barboza

Título: Marabô - o guardião das matas

Autor: José Augusto Barboza

ISBN: 978.85.370.0343-5
Ano: 2017
Editora: Madras

Gênero: Romance

Informações adicionais:
Número de páginas: 144
Tipo de diagramação: abres com os títulos na mesma fonte que o título da capa
Cor das páginas: brancas
Fonte: com serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais


Sinopse: 
Esta obra apresenta as peregrinações do Exu Marabô, relatadas em suas diversas existências, desde sua queda até sua ascensão e, finalmente, sua consagração como Guardião das Matas. 
Quando os homens terrestres estavam começando a caminhar em suas jornadas evolutivas reencarnatórias, Marabô começou a sua trajetória a caminho de sua evolução. No entanto, ele e seu companheiro desde a infância, Luci-yê-fer-yê, cederam aos sentimentos baixos: paixões vãs, ódio, rancor, raiva, vingança, sensualidade desenfreada, enfim, a todos os tipos de vício que cercam os espíritos encarnados, provocando revoltas e conflitos.



 Nota:



Resenha:

Como eu gostei daquele livro sobre o Exu Meia Noite escrito pelo Rubens Saraceni, uma amiga me ofereceu esse emprestado para que eu lesse. O autor deste é José Augusto Barboza e eu também não havia lido nada escrito por ele até então. Embora eu tenha gostado daquele livro, este aqui não me agradou muito, não sei ao certo se foi a escrita mais atravancada e cheia de "mas não posso falar isso" ou "era em um idioma que não há como traduzir" ou a mudança constante de cenários sem muitos motivos, só sei que a trama não me prendeu e só terminei para devolver o livro mesmo.

Marabô, na verdade é filho de Marab e leva o nome de Marab-hô, embora não fique muito claro no começo, a impressão que se tem durante a leitura era que seu povo eram seres elementais que habitavam a Terra antes de ela receber a raça humana. Porém, antes disso, todos os seres que já haviam evoluído o suficiente foram levados do planeta através da morte (com direito a dilúvio e tremores de terra) para que os novos moradores chegassem. (Particularmente achei sem nexo habitar um planeta com criaturas inferiores e tirando a existência das mais evoluídas que existiam, não faz muito sentido com o que as religiões espiritualistas pegam, mas enfim...).

A única pessoa a continuar neste planeta ao seu lado e com a mesma missão é Luci-fer-yé, que tal como ele era um elemental que recebe um corpo humano adulto após todas as mudanças climáticas acontecerem no planeta. A princípio parece que ambos são auxiliados pelo anjo da guarda Gabriel, mas depois se descobre que o anjo do Luci-fer-yé era na verdade Salatiel (que aparentemente vivia mudinho, pois em nenhum momento me pareceu que ele disse algo ao rapaz, não me admira ter se perdido...).

Cada um deles é designado por Gabriel para auxiliar uma aldeia, mas a cabeça de um deles é levada pela sede de poder e ele persegue ao amigo e destrói toda a sua tribo.Isso acaba fazendo com que o outro se vingue e por fim ambos acabam se desviando dos caminhos traçados pelo anjo. Embora um deles se redima, mas dê muitas patinadas e escorregadas durante as reencarnações (outra situação que não faz sentido, já que elementais não encarnam e nem reencarnam na Umbanda, mas enfim...).

Particularmente foi uma leitura que não me chamou muito a atenção e embora ele tenha livro de um outro Exu, o Tiriri, talvez eu leve um bom tempo para me interessar por ler, já que esse foi bem decepcionante e contraditório com o que a própria religião de Umbanda prega.

Aliás, outro ponto negativo que merece pontuação: a edição do livro que tenho em mãos emprestada é de 2017 e a ortografia é a antiga, com acentos em assembleia (por exemplo) e tremas em frequência (para citar outro exemplo), algo que não deveria acontecer, já que o acordo ortográfico mudou em 2011. A editora precisaria dar mais atenção as obras antes de republicar, sabe?

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