Autora: Amarilis de Oliveira, pelo espírito Maria Amélia
ISBN: 978.85.7722.510-1
Ano: 2017
Editora: Vida e Consciência
Gênero: Romance
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Informações adicionais:
Número de páginas: 344
Tipo de diagramação: abres com os títulos na mesma fonte que o título da capa
Cor das páginas: brancas
Fonte: sem serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais
Sinopse:
Em Além da razão, você vai entender que errar é natural no processo de aprendizagem do espírito e que jamais devemos nos anular por causa de um erro, pois ele o está ensinando que é melhor aproveitarmos a lição e seguirmos adiante. Afinal, todo aprendizado útil sempre nos levará a um passo adiante, mais próximo de Deus.
Nota:
Resenha:
A história parece se passar nos anos 80 ou 90, mas não é datada (embora a mãe da protagonista diga que na infância usou espartilho, então a trama possa ser até mais antiga). Ana, uma professora, é casada com Sílvio, homem bem financeiramente, com um cargo importante na empresa que trabalha e que, embora a trate muito bem e a ame, às vezes foge-lhe a razão por coisas mínimas e ele quebra tudo que há no apartamento e a expulsa de casa.
Desde namoro, a situação já era complicada, mas Ana achou que com o tempo e a estabilidade financeira ele melhorasse. Porém, no começo o livro, mas uma vez ela é escorraçada para fora de casa por um motivo banal, o de ter esquecido de levar o carro na oficina (embora com o tempo acabamos vendo que ela nunca o dirige e a obrigação era de Sílvio mesmo).
Humilhada, a moça pega algumas coisa e é colocada porta a fora. Com medo de voltar a casa dos pais Romildo e Rosilda, onde o pai a trata como obrigada a aguentar calada todos os desmandos do marido ("afinal ele nem te bate" - sim, chegam a dizer isso pra ela) e a mãe quer que ela peça o divórcio e casse-se com alguém melhor (mas por puro interesse e não por ligar pela segurança da filha), a moça acaba por optar por pedir "asilo" a uma amiga, Margarete.
Embora Margarete a aceite, pois ela sabe que Ana logo voltará para o marido (pois ela sempre volta), não vemos uma relação de amizade ser desenvolvida aqui. Mesmo que Ana pense em vários momentos que seja um incomodo para a moça, não há atitudes de Margarete que façam alusão a isso, ela apenas parece ser alguém preocupada com seus próprios afazes e que não s relaciona com vizinhos, algo até normal, não é mesmo?
Porém, Ana acaba fazendo amizade com um universitário vizinho de Margarete, Bruno, que tem fortes tendências suicidas e depressivas. O moço estuda de manhã, trabalha a tarde e passa as noites debruçado na janela de seu apartamento querendo pulá-la. Ele se declara homossexual para Ana logo que a conhece, mas não há um desenvolvimento disso na trama e, em certo momento, ele até acha que está apaixonado pela moça, mas a autora parece se esquecer dessa linha de pensamento e ele volta a agir só como amigo e "praticamente um filho ou irmã".
É interessante também a história paralela que envolve os país da moa, onde Rosilda quer estudar, mesmo já estando na terceira idade e seu marido, machista ao extremo, acha que pode lhe tolher a liberdade de ser. Aliás, Romildo chega a ser desrespeitoso até com recrutadoras em entrevista desemprego e coloca na cabeça que a falta de emprego é cula das mulheres estarem "roubando o espaço dos homens" no mercado de trabalho.
Eu confesso que não gostei do final, pois ele é muito aberto e ficamos cm a sensação que de não houve progresso algum para Sílvio e Ana. Embora ela pense em pedir que ele se trate como a condição para voltar para ele após uma outra briga (tem umas três ou quatro no livro), ela nunca chega a fazer isso e a autora praticamente pontua que é "obrigação de Ana estar ao lado de Sílvio para ele não perder a cabeça de vez". Mas, convenhamos, como já dizia o espírito Lucius os livros da saudosa e magnânima Zibia Gasparetto: "ninguém é de ninguém, ninguém é propriedade de ninguém e ninguém é capaz de mudar ninguém. Quem se muda é apenas nós mesmos e quando estamos dispostos a fazê-los, não por causa dos outros, mas por nós mesmos".
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