Título: Histórias do Passado
Autora: Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, pelo espírito Antônio Carlos
ISBN: 978.85.7253.335-5
Ano: 2018
Editora: Petit
Gênero: Romance, espiritualidade
Informações adicionais:
Número de páginas: 240
Tipo de diagramação: página de abre com uma fonte diferenciada no título
Cor das páginas: amareladas
Fonte: sem serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório, espaçamento muito bem trabalhado
Capa: brochura fosco, com orelhas laterais
Sinopse:
Renata deixou para o pai dois cadernos. O primeiro, de conversas, escritas pela psicografia, que ela teve com a mãe, Sueli. No segundo caderno, Sueli, desencarnada havia anos, conta para a filha as vivências do passado dela e de amigos. Acontecimentos de erros e acertos, em que, pelas dificuldades, aprenderam a ser trabalhadores. Uma grande amizade os uniu e também um amor-paixão, pelo qual agiram erroneamente. Reencarnaram várias vezes, sempre com planos e promessas, mas as dificuldades no Plano Físico foram desculpas para não os cumprirem. No entanto, na última reencarnação, acontecimentos narrados nesta obra, os quatro amigos tentaram, se esforçaram e cumpriram muito do que prometeram, planejaram. O amor se purificou.
Nota:
Resenha:
Eu li vários livros da autora e é uma que me divide opiniões, pois curiosamente eu posso gostar muito da trama ou não gostar nenhum pouco. Se for ver ela é uma das minhas autoras favoritas e ao mesmo tempo é uma das menos gosto, tamanho é a intensidade que sinto ao ler um de seus livros.Infelizmente, desta vez, este foi um dos livros dela que menos gostei, um daqueles que dá vontade de colocar para troca, mas você olha para a estante os outros livros dela e pensa "mas, poxa, quando acabar a coleção ai faltar um" e acaba deixando o dito cujo ali mesmo, por desencargo.
Aliás, essa sinopse aí faz jus apenas ao últimos capítulos e achei bem "sacanagem" colocarem ela, já que toda a trama que desenvolve antes ficou deixada de lado, e, aliás, acontece um montão de coisas bem mais interessantes antes disso.
Roberto é um fazendeiro muito respeitado em sua cidade. Viúvo e pai de três filhos que não moram mais com ele por terem seguido suas vidas. Ele acaba se apaixonando e casando com Cacilda, moça mais nova e que trás consigo uma empregada particular.
Os filhos não gostam da mulher, não que quisessem que ele continuasse a sofrer a perda de Sueli para sempre, mas é que algo na madrasta não lhes inspira confiança. Tanto que um deles, que é advogado, da a ideia ao pai de forjar um casamento e, se após um tempo, a mulher lhe parecer mesmo confiável e realmente for o amor de sua vida ele lhe diria a verdade e casariam novamente, caso contrario o "casamento" seria dissolvido sem que ninguém devesse nada a ninguém.
Acontece que ele começa a sentir o perfume da falecida pela casa e a encontrar unhas esmaltadas de vermelho perdidas pelo canto. Isso o deixa encafifado e o faz procurar ajuda espiritual. Graças a isso, ele acaba descobrindo que sua atual esposa o trai, que trouxe de outra cidade um amante que a encontra as escondidas e que sua "empregada particular" na verdade é sua mãe. Aliás, a fuga da outra cidade deu-se após ela assassinar seu ex marido para ficar com sua herança.
Embora não amasse Sueli, tenha casado com ela apenas por obrigação imposta por seu pai, ele a respeitava, embora a traísse. O espirito dela também acaba por confessar-lhe que também o traiu e que não lhe deseja nenhum mal, que apenas o está alertando para que ele não seja a próxima vítima desses três e para que aja com cautela.
De posse desta informação, Roberto abre o jogo e desfaz o casamento,mostrando-lhe que graças ao documento nada lhe deve. Desta forma, sua filha acaba vindo morar com ele e, não muito tempo depois, um de seus filhos acaba engravidando uma moça que não é sua namorada e ele acaba por registrar e cuidar da criança como se fosse seu filho.
Os pontos de desconforto para mim foi como eles tratam a traição como algo banal e corriqueiro, além disso,eles parecem passar a mão na cabeça de cada homem que comete tal ato e julga mulheres de forma vil. Também não consegui digerir essa história da criarem um romance platônico entre pai e filha, quase abandonei o livro por isso, mesmo que fique apenas na imaginação deles, não é algo nada confortável de se ler.
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