Título: Além da Convivência: a família segundo os espíritos
Autor: Eurípedes Costa do Nascimento
ISBN: 978.85.66805.16-1
Ano: 2013
Editora: EME
Gênero: Estudo, Espírita
Informações adicionais:
Número de páginas: 200
Tipo de diagramação: capítulos com abre com fonte maior e centralizada em caixa alta, com uma imagem que lemba a capa por cima do título, a primeira e a última página são coloridas
Cor das páginas: branca
Fonte: com serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório, espaçamento entre linhas bom
Capa: brochura brilhante com orelhas laterais
Sinopse:
A proposta desta obra é refletir sobre a organização familiar segundo os ensinamentos transmitidos a Allan Kardec em O Livro dos Espíritos. É um tratado que se propõe a ser um suporte a todos aqueles que já se conscientizaram que a melhor forma de progredir espiritualmente é mantendo saudável todo relacionamento durante sua passagem pela Terra.
Nota:
Resenha:
Eu não costumo fazer resenhas de livros de estudo com muita frequência, pois eu tento seguir eles lendo um pequeno trecho por dia, como dizem que deve fazer para que você possa absorver sobre o assunto, então por menor que seja o livro acabo levando muito tempo.
Confesso que prefiro ler os romances aos livros de estudo, mas este veio em um dos três clubes do livro que assino, em um momento em que a família do meu namorado estava com graves problemas de entendimento e eu achei que seria bom tentar dar uma chance a ele e ver o que poderia agregar, já que justamente ele é sobre a convivência familiar e seus desafios. Admito também que tentei dar para a minha sogra ler naquele momento, mas o pouco caso dela me fez não insistir, afinal ela é daquelas que vai a igreja, ao centro ou ao terreiro só quando a coisa aperta, mas embora diga-se católica, recorre a qualquer santo que "resolva o problema pra ela", mas o costume de orar mesmo não tem...
Bem, mas vamos lá, deixe-me falar sobre esse livro em si.
Achei a divisão dele interessante, pois ele tentou colocar ensinamentos que já aparecem em livros tanto de Kardec, quanto Chico Xavier, Yvonne do Amaral Pereira e Divaldo Franco, então funciona como um apanhadão geral em um resumo bem acessível ao leitor.
Todos os temas são voltados para a família em si e a convivência entre seus integrantes socialmente ou individualmente. Ele fala sobre a reencarnação, sobre os motivos que levam almas afins ou não a estarem na mesma família, a gravidez, o desenvolvimento fetal e infantil, além de tratar sobre assuntos mais "tabus" como o aborto e o suicídio.
Na parte sobre a gestação, ele diz uma coisa que eu realmente não me lembro de ter lido em ouros livros algo similar a isso, confesso que puxando pela memória me vem a ideia de que seja o oposto. O diz que o espírito em formação não se encontra neste corpo em formação em si, mas permanece apenas perto aos pais e uni-se a seu próprio corpo no momento do nascimento. Pelo que me lembro, em estado de feto era isso mesmo, mas a partir da "formação mais avançada" o espírito passava sim a integrar o corpo que será sua morada, então fiquei um pouco duvidosa desse ponto de vista.
Outro que me chamou a atenção foi a forma como ele trata o aborto. No espiritismo, como em várias outras religiões de base também cristã, a interrupção de uma vida é algo errado de se fazer. Mas o autor apenas apregoa o quanto a mãe e o médico são culpados e devem pagar por isso, não se atendo ao fato de que o próprio espiritismo explica que em alguns casos de aborto há uma forte rejeição tanto do espírito da mãe quanto o a criança e isso leva ao aborto. Deixa de ser menos errado? Não, mas é algo a ser compreendido e em muitos casos aquele espírito que viria a ser o filho já o espera que aconteça antes de aceitar reencarnar. Então, tratar a mulher como a figura vil e malvada aqui, com apenas um lado da história, sem levar em consideração os outros vieses me pareceu muito capcioso.
Ao menos um ponto sobre o aborto ele tocou de forma imparcial, no espiritismo em caso de a mãe correr risco de vida com o avanço da gravidez os espíritos recomendam que entre perder a vida de um ou outro a da mulher deve ser preservada, afinal a criança se precisar mesmo ser filha deles chegará a eles como uma criança adotiva,sobrinha ou algo do tipo e a vida daquele que já se encontra em curso possui a prioridade sim. E, nesses casos, a mãe não será punida posteriormente, pois entende-seque deve ser preservada sua vida.
Enfim, é um livro bem interessante e, como disse, deve ser lido em trechinhos por dia para se absorver de forma mais contemplativa, mas possui algumas omissões e não se deve ficar apenas nessa leitura e achar que é uma verdade absoluta, é necessário mais pesquisa e leitura para cada um dos assuntos abordados.
Eu não costumo fazer resenhas de livros de estudo com muita frequência, pois eu tento seguir eles lendo um pequeno trecho por dia, como dizem que deve fazer para que você possa absorver sobre o assunto, então por menor que seja o livro acabo levando muito tempo.
Confesso que prefiro ler os romances aos livros de estudo, mas este veio em um dos três clubes do livro que assino, em um momento em que a família do meu namorado estava com graves problemas de entendimento e eu achei que seria bom tentar dar uma chance a ele e ver o que poderia agregar, já que justamente ele é sobre a convivência familiar e seus desafios. Admito também que tentei dar para a minha sogra ler naquele momento, mas o pouco caso dela me fez não insistir, afinal ela é daquelas que vai a igreja, ao centro ou ao terreiro só quando a coisa aperta, mas embora diga-se católica, recorre a qualquer santo que "resolva o problema pra ela", mas o costume de orar mesmo não tem...
Bem, mas vamos lá, deixe-me falar sobre esse livro em si.
Achei a divisão dele interessante, pois ele tentou colocar ensinamentos que já aparecem em livros tanto de Kardec, quanto Chico Xavier, Yvonne do Amaral Pereira e Divaldo Franco, então funciona como um apanhadão geral em um resumo bem acessível ao leitor.
Todos os temas são voltados para a família em si e a convivência entre seus integrantes socialmente ou individualmente. Ele fala sobre a reencarnação, sobre os motivos que levam almas afins ou não a estarem na mesma família, a gravidez, o desenvolvimento fetal e infantil, além de tratar sobre assuntos mais "tabus" como o aborto e o suicídio.
Na parte sobre a gestação, ele diz uma coisa que eu realmente não me lembro de ter lido em ouros livros algo similar a isso, confesso que puxando pela memória me vem a ideia de que seja o oposto. O diz que o espírito em formação não se encontra neste corpo em formação em si, mas permanece apenas perto aos pais e uni-se a seu próprio corpo no momento do nascimento. Pelo que me lembro, em estado de feto era isso mesmo, mas a partir da "formação mais avançada" o espírito passava sim a integrar o corpo que será sua morada, então fiquei um pouco duvidosa desse ponto de vista.
Outro que me chamou a atenção foi a forma como ele trata o aborto. No espiritismo, como em várias outras religiões de base também cristã, a interrupção de uma vida é algo errado de se fazer. Mas o autor apenas apregoa o quanto a mãe e o médico são culpados e devem pagar por isso, não se atendo ao fato de que o próprio espiritismo explica que em alguns casos de aborto há uma forte rejeição tanto do espírito da mãe quanto o a criança e isso leva ao aborto. Deixa de ser menos errado? Não, mas é algo a ser compreendido e em muitos casos aquele espírito que viria a ser o filho já o espera que aconteça antes de aceitar reencarnar. Então, tratar a mulher como a figura vil e malvada aqui, com apenas um lado da história, sem levar em consideração os outros vieses me pareceu muito capcioso.
Ao menos um ponto sobre o aborto ele tocou de forma imparcial, no espiritismo em caso de a mãe correr risco de vida com o avanço da gravidez os espíritos recomendam que entre perder a vida de um ou outro a da mulher deve ser preservada, afinal a criança se precisar mesmo ser filha deles chegará a eles como uma criança adotiva,sobrinha ou algo do tipo e a vida daquele que já se encontra em curso possui a prioridade sim. E, nesses casos, a mãe não será punida posteriormente, pois entende-seque deve ser preservada sua vida.
Enfim, é um livro bem interessante e, como disse, deve ser lido em trechinhos por dia para se absorver de forma mais contemplativa, mas possui algumas omissões e não se deve ficar apenas nessa leitura e achar que é uma verdade absoluta, é necessário mais pesquisa e leitura para cada um dos assuntos abordados.
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