Autora: Cristina Cimminiello, inspirada pelo espírito Amadeu
ISBN: 978.85.7722.526-2
Ano: 2017
Editora: Vida e Consciência
Gênero: Romance
Número de páginas: 336
Tipo de diagramação: abres centralizados com fonte em negrito, texto sem serifas, espaçamento deixa a desejar
Cor das páginas: brancas
Fonte: sem serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório, porém o espaçamento é ruim e atrapalha um pouco a leitura
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais
Sinopse:
Você vai se emocionar com a história de Mônica Burns, uma bela mulher que sofre de uma doença degenerativa e que, depois de muitos anos vivendo no exterior, retorna ao Brasil para conhecer sua origem e descobrir a verdadeira causa da morte de seus pais, vítimas de um incêndio.
Nessa busca, Mônica conhece os avós, que duvidavam de sua existência e que, movidos pela intolerância, nunca se interessaram em investigar se o incêndio fora proposital ou não.
Este belo romance nos mostra que a intolerância só pode ser dissolvida por meio do respeito e do perdão, porque o respeito é uma grande virtude quando advém do amor e da confiança e, na companhia do perdão, nos faz olhar o próximo sem julgá-lo.
Ao tomarem consciência desses valores, Mônica e seus avós reconsideram ideias, aprendem lições novas e descobrem que a felicidade pode estar mais próxima do que imaginam.
Nota:
Resenha:
Esse foi o primeiro livro que li da autora, mas esqueci de colocar a resenha aqui antes (que gafe, hein?), então me desculpem...O que gostei na Cristina é que as tramas de seus livros não são feitas só para espíritas lerem, pois eles tratam mais sobre o aqui e agora e as situações cotidianas da vida atual, não remetendo a erros de vidas passadas, mas colocandoa-as pontualmente como situações desta mesma vida a serem trabalhadas. Para quem gosta de livros espíritas, mas não é adepto da religião, os livros dela são uma ótima opção (pois, sim, conheço muitas pessoas assim).
Neste livro Mônica Burns é nascida no Brasil, mas aos dois anos foi levada aos Estados Unidos por seus tios que, inclusive, a registraram como se fosse filha deles. Ela só descobriu que era a sobrinha do casal e não a filha deles por desconfiar da forma no qual Joanne a tratava e, com o tempo e fuçando nas coisas do tio, Michael, descobriu sua certidão de nascimento original de seu país de origem e notou que seus pais tinham outros nomes.
Tudo que ela conseguiu com que seus tios a dissessem sobre a verdade é que eles não eram mesmo seus pais, mas filhos da irmã de Michael, Andréia, porém eles se negavam terminantemente a discorrer sobre o assunto e ela chegou a fase adulta nem muitas informações e tendo que escutar que era uma "ingrata" sempre que tentava saber mais sobre seus verdadeiros pais.
Mas preocupações dos tios da moça não são e vão. Mônica tem uma doença que a está deixando cega com o passar do tempo. Ela, inclusive, só pode andar por aí com auxilio de são simpático e fiel cão guia, Bud, um cachorro treinado especialmente para auxia-la na medida em que ela esta perdendo sua visão e que será seus únicos olhos em breve.
Porém Mônica não está totalmente sozinha nessa vida, ao seu lado, além do cão, há Eric, seu namorado e que futuramente quer levar a moça para o altar. Ele é policial e atua como seu porto seguro, sendo-lhe devotado e preocupado ao máximo com sua segurança. Órfão, ele entende a necessidade dela de conhecer suas origens e, mesmo sem poder auxia-la, lhe dá todo apoio para que ela viaje para o Brasil e converse com alguns advogados que estão levantando informações sobre sua família.
Tudo deveria ser simples, no máximo ela esperava encontrar alguns antigos empregados de seus pais e descobrir que tipo de acidente pode tê-los vitimado. Roberta, a advogada responsável por seu caso, até mesmo contratou o veterinário Marcelo para ajudar com os tratos com o cão enquanto a moça estiver no país.
Porém, os mistérios que envolvem sua família parecem ser muito mais complexos. Já que Roberta descobre que a casa dos país de Mônica foi queimada, não houve investigação sobre a morte deles, mesmo que o pai dela fosse um influente advogado e sua mãe estivesse envolvida com grupos contra o regime militar. Para complicar ainda mais a situação, o que restou da casa em que moça morou no passada contém a palavra "assassino" pichada e um advogado só de Roberta aparece tentando coagi-la a mandar Mônica de volta para casa, antes que seja tarde demais.
Mas é na hora mais escura e de tremendo aperto que Mônica descobrirá que não está sozinha e amigos surgem para auxiliá-la a descobrir todos os mistérios que envolem a morte de seus pais e sua ida para os Estados Unidos, o que, pensando agora lhe parece algo totalmente suspeito e pode ser indícios de que ela foi sequestrada pelo próprio tio.
É muito interessante o como várias pessoas estão envolvidas direta ou indiretamente no caso e o como a moça acaba sendo levada a várias situações de seu total desconhecimento e a encontrar pessoas nas quais ela não acreditava estarem mais vivas. Até mesmo seu namorado acaba partindo para o país em busca de ajudá-la quando a situação parece ficar ainda mais séria e Mônica pode estar nas mãos de pessoas que não querem deixá-la saber a verdade de tudo.
A propósito, o título remete a única lembrança da moça de quando ainda morava com os pais. Ela se lembra de que havia uma estátua de um anjo na entrada da casa. Mesmo que fosse muito nova, ela tem certeza que havia um anjo de pedra na entrada da casa. E quando Roberta a leva onde ele amorou, mesmo que sua visão não seja mais tão boa, ela comenta que sente falta dele na entrada. E, sim, ele está em algum lugar e ela quer achá-lo também.
Gostei da forma como a autora escreve, porém acho que existem algumas situações que estão no livro mais para "fazer volume" e que facilmente poderiam ser excluídas sem fazerem falta. Como a infinidade de vezes que eles vão a um único restaurante ou as idas dos amigos dela em investigações de assuntos que já foram comentados anteriormente por outros personagens, sei que é interessante ter a comprovação, mas em alguns momentos soava desnecessário bater na mesma tecla por páginas a fio, quando uma simples menção de linhas revolveria o caso todo.
Como já comentei no outro livro dela, a diagramação também peca igualmente, deixando os recuos de página muito pequenos e cansando a leitura, mesmo com uma trama super interessante.
No entanto, no geral, é um livro muito gostoso de se ler e tem todo um suspense e um ar de mistério que conseguem prender o leitor. Certamente seria um bom livro para se indicar a alguém que quer ler romances espíritas, mas tem medo de ficar perdidos por não entender sobre o que estão falando.
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