Livro: "Creepy Pasta" organizado por Glau Kemp (Parte 2)

Título: Creepy Pastas - lendas da internet
Organizadora: Glau Kemp
Autores: Alfredo Alvarenga, Ana S. Varella, André Simões, Bruno Godoi, Cacau Correa, Cláudia Lemes, Dante Saboia, Douglas Lobo, Gabriel Mayer, Glau Kemp, Graciele Ruiz, Gustavo Lopes, Igor Chacon, J. M. Menez, Karol Melo, Kelly Amorim, L. A. Tecau, Leonardo Duprates, Letícia P. S., Mário Bentes, Maron Damasceno, Parícia Vahl, Pedro Riguetti, P. H. Ludwing, Pris Magalhães, Rafael Becker, Raquel Pagno, Renata Maggessi, Rodrigo Ortiz Vinholo e Tyanne Maia


Editora: Lendari
Ano de publicação: 2018
ISBN: 978.85.69243.18-2
Gênero: Contos, Terror, Horror

Informações adicionais:
Número de páginas: 222
Tipo de diagramação: abres de cada conto com uma imagem ao fundo que remete a capa, possui orelhas laterais e a borda lateral do livro é em vermelho
Cor das páginas: amareladas
Fonte: agradável, com um bom tamanho e serifada


Sinopse:
Os fóruns web estão repletos de histórias sobre casos misteriosos, investigações policiais não resolvidas, fotos sem explicação, descrições de rituais e manifestações demoníacas, versões bizarras e não oficiais de jogos eletrônicos, relatos de episódios macabros de desenhos infantis.
São narrativas virais e anônimas espalhadas nos recônditos mais obscuros da internet, sem que se possa rastrear seus verdadeiros autores. Ou sua veracidade. Acabaram conhecidas como creepypastas - algo como um copypaste (de copiar e colar) de situações assustadoras.
Mas e se as lendas mais famosas da Internet não forem boatos? Nesta antologia, reunimos escritores para darem suas próprias e originais versões das creepypastas mais perturbadoras de todos os tempos. Do submundo do Reddit diretamente para sua leitura de cabeceira.

Nota:


Esse livro possuí muitos autores e para poder falar de cada um deles e não ter problemas para colocá-los nas tags do blog (pois ele limita o uso delas) vou ter que dividir a resenha em partes, ok?

Mas, calma, prometo que vou falar de cada um dos 33 contos escritos por cada um dos 31 escritores. Sim, meus amigos, há entre eles uma autora com mais de um conto, então eu não escrevi bobeira.

A temática é: lendas que se tornaram conhecidas na internet. Mas cada autor criou seu próprio conto com base em lendas e notícias reais, sim, meus caros, entre eles há notícias reais e eu vou comentar quando elas chegarem.

Esta é a parte dois, mas se você perdeu anterior o links está rodapé desta página, onde também haverá os links para as partes seguintes.


Diagramação:

Embora o livro não possua abre o texto na contra capa serve muito bem a função, já que introduz ao leitor a temática da obra e dá uma boa ideia do que poderá ser encontrado. Também há uma "dedicatória" que deixa esse gostinho de mistério, então a ausência de texto introdutório passa despercebida.

O livro é muito bonito fisicamente, tanto por dentro quanto por fora, o que mostra o cuidado que a editora Lendari teve com a criação da obra. A capa e fosca com detalhes em papel brilhante para os olhos e o título. Há orelhas laterais (para quem tem coragem de usá-las) com os nomes de todos os autores e a borda do livro é vermelha, não apenas as páginas, mas a própria capa tem as bordas vermelhas e isso deu um visual muito bacana para a obra.

Por dentro, os textos seguem ordem alfabética pelo nome de seus autores, o que acho algo muito bom, pois não dá a ideia de que X ou Y foi privilegiado ou deixado para trás. Além disso, a seleção de obras foi muito bem feita e, mesmo quando há uma similaridade de assuntos, todos foram abordados de forma tão diversa que a obra toda complementa-se em si.

A página inicial de cada conto possui uma imagem que remete a capa e o início do conto, bem como o título dele em caixa alta com fonte diferenciada e o nome do autor em fonte serifada após. Nesta página inicial o texto é em branco, já que ela é escura, e o restante ele é preto, sempre com fonte serifada e bons recuos visuais.


Resenha:

9 - "O Recanto Mais Sombrio" por Douglas Lobo:

Nota 4

Mais um autor que leio pela primeira vez e o conto que ele escreveu tem todos os elementos daqueles boatos de internet mesmo, embora eu também vá ficar devendo sobre qual ele foi inspirado.

O rapaz não estava em um dia bom, mas aquela vizinha de apartamento lhe chamava a atenção fazia tempo e tudo o que ele queria uma chance para se aproximar e, quem sabe, chamá-la para sair e conhecê-la melhor. Então, quando em meio a uma conversa no elevador, ela lhe pede o favor de ajudar com algumas fotos de sua priminha, ele não titubeou. Seria um pequeno preço a se pagar para conseguir tornar-se mais amigo, certo? Bem, errado....

10 - "A Marca de Nabu" por Gabriel Mayer:

Nota 5

Primeira vez que leio algo do autor e o conto remete aqueles mistérios da internet comum sites de mistério: fotos de objetos ou lugares que ninguém saber dizer ao que remete, mas quando alguém descobre o que é corre perigo de vida.

Um site aparentemente estacionado no tempo, com um visual ainda na década de 90, com gifs de cores estranhas e fontes coloridas. Mas com um fórum ainda ativo e com membros que se dedicam a descobrir mistérios por trás do sobrenatural.

Até que um rapaz trás uma pergunta sobre um assunto que ninguém consegue descobrir, mas que inevitavelmente acaba sendo uma péssima ideia pesquisar.

11 - "Gift Day" por Glau Kemp:

Nota 5

Conto escrito pela organizado do livro, que eu já li uma boa quantidade de obras anteriormente (links aqui) e tenho gostado bastante. Aliás, esse conto é ótimo para os fãs de correntes, que agora estão com tudo no What'sup (graças as listas de família na qual todo mundo acaba tendo que fazer parte, queira ou não), mas que é algo recorrente na internet desde a época da internet discada.

Um jornalista publica uma matéria sobre uma determinada corrente que vem circulando via What'sup e que estão supostamente ligadas a mortes que estão acontecendo na cidade de Maricá. Porém, desta vez, talvez não levar fé naquela corrente e ter falado sobre ela fora do aplicativo tenha sido uma péssima escolha de sua parte.

12 - "Deixe-me Entrar" por Gracieli Ruiz:

Nota 4

Eu li apenas um outro conto dessa autora, na coletânea de signos "Quando o Universo Conspira", que era de um gênero totalmente diferente deste. Houve um pequeno probleminha neste conto, aliás, eu senti que em pelo menos três lugares faltam palavras e as frases ficaram um pouco sem sentido, no entanto, ele ainda assim é muito bom, já que remete a um jogo amaldiçoado.

Uma garota tenta fugir da chuva entrando na primeira loja que vê pela frente. Ali ela acaba sendo atendida um um rapaz que não parece agir muito normalmente e lhe faz de tudo para empurrar-lhe um jogo, chegando ao ápice de dá-lo só por ela ter entrado ali. Eu, como sou desconfiada, teria largado em alguma estante por ali, mas a moça leva embora pra casa, mesmo saindo quase correndo dali por conta da estranheza do atendente.

Após mexer por algum tempo na internet sem fazer nada de especial, ela acaba lembrando-se do jogo em sua bolsa e o pega para testar. Mas, claro, aquela seria a pior coisa que ela poderia ter feito na vida.

13 - "Garmoderd Meneara Glosverg" por Gustavo Lopes:

Nota 5

Sabe aquelas lendas de vídeos malditos que levam as pessoas a loucura e que é bem famosa na net? Então, esse conto trata justamente disso, mas ainda assim o autor soube ser bem atual na escolha de como seus personagens chegariam a tal vídeo. 

Em uma empresa de serviço de streaming onde os funcionários que avaliam o que vai o não ao ar, é uma sexta-feira e quase final de expediente. Um dos funcionários, que logo mais terá a festa de aniversário da filhinha, coloca para rodar um vídeo para ser avaliado. O título o chama a atenção por ser algo bem estranho, e ele acredita que seja estrangeiro. Porém, aquele pode ser o último da vida de todos que estão naquele prédio.

14 - "A Mensagem do Deus Profundo" por Igor Chacon:

Nota 5

Primeira vez que leio um conto do autor e gostei muito de como ele soube trabalhar a trama, já que normalmente se esperaria o "gosto pela eletrônica" vindo do outro cônjuge. Aliás, a trama remete a e-mails malditos e é muito boa.

A esposa dele era um gênio da eletrônica desde criança, criando e montando seus próprios brinquedos com peças retiradas de aparelhos quebrados. Mas após perdê-la para a morte, tudo o que ele pode fazer para se lembrar dela ainda é montar as peças de um computador que ela deixou. Uma pena a aproximação não levar a uma coisa boa.... Ah essas mensagens de e-mails anônimas, deu até medo de dar conferida na caixa de bloqueados do meu agora.

15 - "Boa Noite Babamoon" por J.M. Menez:

Nota 5

Ah esses autores que gostam de colocar o nome todo abreviado e me deixam nessa saia justa de não saber se falo "o" ou "a", hein? Em todo caso, é o primeiro conto que leio desta pessoa e gostei da forma como foi conduzida, pois relembra aos casos das tais bonecas malditas (que são até mais antigos que a própria internet).

Uma adolescente está responsável pelos dois irmãos menores, mas ela tem planos para aproveitar a viagem dos pais e sair a noite com os amigos, só precisa colocá-los para dormir antes. Porém, os irmãozinhos, um menino e uma menina, acham uma boneca de pano com a boca costurada, mas ela acha a boneca muito feia e a joga fora, mesmo com protesto dos irmãozinhos. E, após as crianças dormirem, ela sai, mas talvez não tenha se livrado do mal que aquele "brinquedo" trouxe.

16 - "A Chorona" por Karol Melo:

Nota 5

Este daqui, pelo nome, me me lembra uma lenda de países latinos, que inclusive foi tema de capítulos de séries como "Arquivo X" e "Grimm".

Em um fórum da internet, um rapaz conhece outro que pergunta se alguém pode lhe dizer algo sobre a "chorona". Porém, após descobrir que ele perguntava por conta de um amigo que morreu e deixou apenas isso escrito, o rapaz some. Esse outro garoto então emprenha-se em achar o amigo desaparecido e desvendar o mistério, mas em uma situação avessa ao que esperava."










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