Livro: "Insular" por Leonardo Henrique Galvão


Título: Insular

Autor: Leonardo Henrique Galvão

ISBN: 978.85.6713.09-3
Ano: 2017
Editora: 4Letras

Gênero: Aventura

Informações adicionais:
Número de páginas: 194
Tipo de diagramação: abres de capítulos simples, a diagramação do texto é em fonte serifada e de tamanho agradável para a leitura. Há algumas imagens internas também.
Cor das páginas: amarelas
Fonte: serifada, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante fosca, com orelhas laterais


Sinopse: 
Um tesouro pirata, banhado a sangue e sofrimento, foi escondido em Ilhabela. Cinco pesquisadores partem para esta paradisíaca ilha do litoral norte de São Paulo em busca do Tesouro do Sombrio. Mas a misteriosa Ilhabela não revelará seus segredos facilmente, testará cada um deles para mostrar que todo homem é uma ilha. Passado e presente se misturam nesta empolgante e misteriosa aventura!

Nota:



Resenha:

Primeira vez que li um livro do autor nacional Leonardo Henrique e fiquei fascinada pela obra. É simplesmente um daqueles livros que ao ter em mãos não se tem como parar de ler. O texto é tão envolvente e a leitura tão agradável, que você nem percebe as páginas "correndo" enquanto lê. Além disso, os personagens são bem elaborados e, mesmo que sejam vários, com profundidade e "dramas próprios" (cada um com seu próprio "fantasma") que os levaram neste lugar naquele momento.

A trama se passa em três "tempos", dois deles intercalados e um outro que se passa entre eles. Mas, para não ficar confuso, deixe-me esclarecer melhor qual a dinâmica dos acontecimentos, ok?

O primeiro capítulo são dois religiosos conversando após um mapa de "tesouro pirata" ter sido resgatado por um deles. Este ato marca um "meio tempo" entre os acontecimentos que vão ser narrados em capítulos intercalados no decorrer do livro. Não dá para se ter uma dimensão de tudo o que aconteceu só por essa conversa. Para ser bem franca, tive a impressão de que um deles só queria "por medo" no outro (algo na forma de falar dele não me deu medo, só desconfiança, pois sou daquelas que tem que ver pra crer, desculpe, eheheheh), já que o segundo voltou com o "mapa maldito" aparentemente são e salvo. Porém, no decorrer do livro a minha cara caiu e pedi desculpas mentalmente ao senhor "alarmista", pois realmente o outro teve muita sorte mesmo.

Em tempos atuais, em Ilhabela, somos apresentados a Cézar, um jovem rico que tem um plano audacioso em mente. Ele espera por Carlos, jornalista de formação e antigo morador/pescador do local, para pedir ajuda para colocar em prática sua expedição de caça ao tesouro. Cézar tem certeza de que achou o local, tendo em posse um "mapa do tesouro" a muito perdido (como ele o conseguiu? Tenho minhas teorias, mas nada é muito lícito), mas Carlos está inclinado a achar que aquilo é uma "lenda para turistas", tentando desacreditá-lo disso.

Cézar, no entanto, se faz ser bem convincente, levando o jornalista a crer que a descoberta de tal tesouro o colocaria em um "furo de reportagem" e que lhe daria uma posição melhor em sua própria profissão, dando-lhe a possibilidade de ser tornar um escritor de livros consagrado de bônus. Mesmo Carlos o advertindo de que muitas pessoas já morreram em busca deste tesouro, a lábia de Cézar o faz ceder e aceitar o "convite".

O jovem rico, aliás, não brinca em serviço. Ele conseguiu reunir outras pessoas para o empreendimento, pessoas com conhecimento em áreas que lhe serão muito úteis durante a expedição, mas que ao serem contactadas não foram exatamente avisadas do que ele buscava encontrar. Tanto que uma delas, pelo menos, só descobre do que se trata de fato ao chegar ao local.

Paralelo a isso, somos apresentados ao "criador do mapa", o Capitão Pirata que atende por Sombrio, aliás, alcunha que lhe cai perfeitamente bem. Ele mantem sua tribulação com mãos de ferro, sendo sanguinário e sem remorso, visando apenas o lucro para si próprio. Sua fama é notória, já que muitas pessoas perderam seus barcos, pertences e a própria vida em suas mãos. Sombrio definitivamente gosta da fama de "mau" que tem, não dando a ninguém o perdão e matando-os sem dó.

É após um grande saque que ele consegue o tesouro que será escondido no local, afinal, a quantidade era tão grande que não seria sensato ficar passeando com ele por aí (afinal, adendo meu: vai que ele tromba com outro ladrão, né? Heheheh). Ele faz com que um escravo foragido leve-o até um local seguro, o antigo local onde ele esteve escondido após sua fuga de "seu senhor" para que ele e alguns de seus homens escondam o tesouro. Ao chegar lá, Sombrio fica satisfeito com o esconderijo e embora pareça demonstrar "gratidão" ao rapaz, mata ele e seus próprios auxiliares para que somente ele conheça o local.

Muitas das ações de Sombrio, provindas do envolvimento dele com outras pessoas, faz com que o local acabe sendo amaldiçoado de forma mística e até sobrenatural. Então, o autor soube explicar para nós até mesmo o motivo das mortes de outras pessoas que buscaram tal tesouro. Aliás, é nítido na postura e nos atos dos participantes da expedição o como a influência "imaterial" (ou seja, dos espíritos de pessoas mortas no local) afeta a forma de cada um deles agir.

Particularmente, eu adorei o livro, cada nova descoberta me deixava mais curiosa ainda.


Diagramação:

A diagramação do livro é muito bem feita e, particularmente, gostei da forma como trabalharam algumas imagens no miolo do livro, pois é um detalhe que chama a atenção ao cuidado em que foi aplicado na edição.

A capa é fosca e com orelhas internas, uma com um comentário sobre o livro e outra com a apresentação do autor.



O papel é "amarelinho" e a fonte utilizada do texto contém serifa, o que continue muito na hora em de se ler livros em papel, pois descansa a vista. Além disso, a forma como a trama foi montada ajuda ainda mais na hora de se ler e esquecer da vida.


Como já citado, algumas das páginas que receberam imagens no interior da obra.


Comentários

  1. Adorei a resenha e fico muito feliz que tenha gostado dessa aventura pirata!!! Grande abraço e bons ventos!!!

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