Livro: "Quando Menos Se Espera..." por Floriano Serra

Título: Quando Menos Se Espera...

Autor: Floriano Serra

ISBN: 978.85.7722.540-8

Ano: 2017

Editora: Vida e Consciência

Gênero: Mistério, Romance, Espiritismo


Informações adicionais:
Número de páginas: 288
Tipo de diagramação: fonte serifada, separação de capítulos demarcada com números em negrito e título deste
Cor das páginas: brancas
Fonte: serifada, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura, capa brilhante, possui orelhas laterais


Sinopse: 
Nada acontece por acaso, prova disso é a maneira como as situações desencadeiam-se na vida de Alex. Criado por uma família simples no interior paulista, o rapaz, ao atingir a maioridade, decide mudar-se para a capital e estudar Direito. 
Ao longo do curso, ele recebe a ajuda financeira de Isadora, uma tia que, por uma série de motivos, evita manter qualquer tipo de contato com o sobrinho. Quando ele finalmente decide que é hora de conhecê-la, Isadora morre, deixando para Alex uma considerável fortuna.
Você vai se deliciar com as situações inusitadas, com os personagens fantásticos e com as mensagens sublimes deste belo romance, que discorre sobre a importância do relacionamento familiar, da amizade e da necessidade do perdão para a conquista da paz. E, acima de tudo, vai compreender que somente o amor é capaz de unir verdadeiramente as pessoas.


Nota:


Resenha:

Esse foi o primeiro livro completo que eu li do autor. Mas calma, eu não abandonei o outro por querer não. Acontece que acabei emprestando para uma pessoa que "estava louca para ler" e "queria muito pra ontem", mas até hoje a danada não leu e nem devolveu.... Coisas da vida, não? Com esse, fiquei simplesmente maravilhada com a escrita do autor. Ele tem uma forma simples e, até mesmo, jovem de escrever, que faz com que você comece o livro e fique totalmente preso a ele até descobrir o final. 

Na trama há todo um mistério que envolve a vida dos pais de Alex, de sua tia e, por consequência, a dele própria. Mas ele só se dá conta disso após o falecimento desta tia, irmã de sua mãe, e na qual ele não lembra de tê-la visto na vida, além do fato de sua mãe não comentar nada sobre essa irmã. Mas, não vou atropelar as coisas, deixe-me esclarecer tudinho do início.

Alex deixou a casa de seus pais, Teófilo e Isolda, em Sertãozinho, para estudar Direito na capital paulista. Ele tinha algumas economias que poderiam custear a faculdade por três meses e a moradia pelo mesmo período, mas sabia que precisaria trabalhar para manter-se em São Paulo por sua própria conta, já que o pequeno comércio de seus pais só lhes permitia viver modestamente e lhes seria impossível enviar dinheiro ao filho todo mês.

Então é uma surpresa para Alex quando, em seu primeiro mês de faculdade, vê depositado uma quantia suficiente para pagar o curso e mudar-se para uma pensão, já que até então estava morando em uma república com outras pessoas. Como sabia que seus pais não poderiam ter feito o depósito, ele vai ao banco conversar com o gerente por achar que o dinheiro foi depositado errado em sua conta, é aí que ele descobre que o dinheiro realmente é para ele, pois foi depositado por sua tia Isadora e está correto em sua conta.

Porém, ele não fazia a mínima ideia de que possuía uma tia e liga para sua mãe comentando o fato. Ele estranha que ela se mostre reticente em falar sobre a irmã e apenas alega não ter contato com ela e não fazer ideia de onde ela mora no momento. Ela também lhe diz para não se animar tanto, pois certamente ela não deve ter tanto dinheiro assim para depositar a todo mês e esse "presente" deve ser apenas por ele ter entrado na faculdade.

No entanto, todo mês o dinheiro está lá, certinho, em sua conta e isso lhe dá uma certa "tranquilidade", ao mesmo tempo em que decide que quer encontrar essa mulher e agradecê-la da ajuda. Porém, sua mãe não lhe dá nenhuma informação sobre a irmã e até se mostra irritada e desconfortável em falar sobre ela, mudando de assunto e não lhe dando informação alguma de onde encontrá-la.

Mas os anos vão passando e ele não consegue nenhuma informação sobre o paradeiro desta parente, já que a própria mãe dele diz não saber onde ela mora ou seu telefone, e o banco diz que não pode fornecer estes dados (na prática, eles não podem mesmo, mas poderiam ter avisado a pessoa que o sobrinho a procurava, sabe?). Então é um verdadeiro choque quando, após formar-se e se encontrar desempregado, ele é notificado sobre o falecimento da tia e também sobre o testamento dela: ela lhe deixou toda a herança dela, mas ele precisa ir a Ribeirão Grande para a abertura do testamento.

Como advogado, ele acha estranho a tia não ter deixado sua herança para a irmã, que ainda é viva, afinal, mesmo que elas não se falassem, seria bem lógico deixá-la para a sua parente mais próxima. Afinal, ele tem certeza que nunca viu essa mulher, nem mesmo sabia de sua existência até ela começar a depositar o dinheiro para ele e todo esse mistério que a mãe faz sobre a irmã o deixa ainda mais curioso.

Eu achei bem bacana a forma como o autor trabalhou esse suspense e o como o "casarão" tem fama de mal assombrado e ser ao lado do "Rio das Almas" contribui ainda mais para que toda a cidade tenha medo da fama do local. Aliás, é bem interessante tudo o que envolve a tia dele, toda a trama por trás do motivo de ele não a ter visto e os motivos de ela ajudá-lo, sem querer ser localizada.

Para mim, todo esse mistério, me fez querer ler mais e mais até descobrir os motivos. Confesso que o livro tem algumas partes que poderiam ser revistas, como o mesmo acontecimento sendo descrito de outra forma na linha seguinte em dois lugares (acho que o autor escreveu duas vezes para o editor escolher o melhor e o editor esqueceu de apagar um deles, sabe?). Mas, fora esses dois defeitos pontuais, o livro é muito bom e mais para frente também ganha um toque de romance inesperado, o que cria umas situações cômicas que servem para aliviar todo o peso da trama.Embora as obras de Francisco (Chico) Cândido Xavier sejam muito conhecidas, eu confesso que não li muitos dos livros lançados por ele até agora. Ok, quando eu era criança li todos os livros infantis do psicografo (e eram tão lindinhos), mas na fase adulta li apenas alguns livros com frases, pois sempre ouvia que: "


Comentários