Livro: "Morte na Mesopotâmia" por Agatha Christie

Título: Morte na Mesopotâmia - um caso de Hercule Poirot
Título Original: Murder In Mesopotamia
Autora: Agatha Christie
Tradutor: Milton Persson

Editora: Nova Fronteira / Harper Collins Brasil
Ano de publicação: 2014 / 2016
ISBN: 978.85.209.3480-7
Gênero: Investigação, Crime, Romance Policial, Ficção

Informações adicionais:
Número de páginas: 240
Tipo de diagramação: simples, letras com serifas, títulos de capítulos em negrito. Capítulos seguintes começam na mesma página em que o outro termina, salvo espaços muito pequenos.
Cor das páginas: amareladas
Fonte: agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: dura

Sinopse:
A enfermeira Amy Leatheran é contratada para se juntar a uma expedição arqueológica no Iraque. Mas sua função ali tem bem pouco a ver com ruínas e artefatos: ela deve vigiar de perto a bela Louise Leidner, que está cada vez mais apavorada com a ideia de que talvez seu ex-marido não esteja tão morto quanto acreditava. Louise pode estar imaginando coisas. Mas o fato é que, uma semana após a chegada da enfermeira, a mulher é encontrada morta no próprio quarto, e agora cabe a Hercule Poirot identificar o assassino. Quem terá sido? Tudo indica que o culpado está entre os membros da equipe de cientistas...


Nota:


Diagramação:

A diagramação dele é bem simples, mas é no formato que eu particularmente mais gosto. As páginas internas tem tonalidade amarelada e são de uma gramatura de papel bem leve. A fonte utilizada no corpo do texto possui serifas, e a fonte dos títulos que aparecem em negrito não possuí. Essa sutil diferença ajuda bastante na distinção entre os capítulos e foi trabalhada de forma sútil e eficaz.

As capas desta coleção são um show a parte. Ela possui desenhos com cores fortes que remetem a elementos importantes da trama, mas aos quais você (na maior parte das vezes) só saberá exatamente isso no decorrer da trama. O que prova com todas as letras que o responsável por elas leu as tramas e soube pegar pontos chaves, característicos, para trabalhá-los como capas.


Resenha:

Eu confesso que, embora ame a autora, desconheço totalmente as ordens de seus livros. Este é mais um dos casos do detetive Hercule Poirot, e eu não sei situar ele como sendo antes ou depois dos outros. Só posso dizer que ele é antes de "Cai o Pano", por motivos de que quem leu aquele saberá muito bem que este não poderia ser depois (ok, spoiler, não contarei, desculpe... mas a resenha está aqui no site e você poderá lê-la se quiser, ok? :)

Neste livro, Poirot é quase que um é quase que um coadjuvante, já que a trama na maior parte do tempo é trabalhada pelo ponto de vista de sua amiga, a escritora de romances policiais, Ariadne Oliver.

A autora está em um jantar em homenagem a vários escritores, inclusive a ela própria, quando é abordada por uma tal sra. Burton-Cox, que a princípio se diz sua fã, mas que na verdade quer saber sobre uma das afilhadas de Ariadne, Celia Ravenscroft, que diz a senhora que irá se casar com seu filho, mas que precisa saber de um assunto delicado da vida da garota.

E o assunto é mesmo bem intrigante, os pais dela aparentemente se assassinaram, quando ela era muito pequena e estava em um colégio particular, mas a polícia nunca soube determinar os motivos que levaram ao suicídio de ambos e muito menos quem teria matado quem e se matado em seguida, já que a arma possuía digitais de ambos.

Para a tal sra. Burton-Cox saber se o pai ou a mãe foi o responsável por matar seu companheiro é algo de suma importância, mesmo que ela não explique exatamente o porquê. Mas Ariadne não era próxima ao casal, pouco via a afilhada e se vê intrigada com o assunto, mesmo que não queira ajudar a tal mulher asquerosa a revirar uma informação dessas.

Após contar ao detetive esse odioso encontro, eles se vêem tentados a descobrir o que se passou, mesmo que o crime tenha acontecido a muitos e muitos anos atrás. Mesmo com as pistas frias, Hercule e Ariadne querem ajudar Celia a descobrir o que de fato aconteceu, já que até a moça começa a acreditar que ela possa fazer parte de uma maldição familiar terrível.

É intrigante a forma no qual a autora trabalhou todo o conto, e embora o final possa ser deduzido na metade do livro (ou parte dele), é um daqueles livros no qual você se vê presa a cada novas pistas e provas.

A personalidade da autora Ariadne, com certeza, nos faz pensar se Agatha não se inspirou em si própria para formar a personagem.

E, bem, só para fechar, os tais "elefantes" são uma metáfora sobre a lembrança das pessoas, então aquelas capas que possuíam o animal eram meio deslocadas, sabe? Um ótimo livro para quem está iniciando a leitura de romances policiais, pois dá ao leitor a chance de descobrir por si quem foi o responsável e os motivos por trás das mortes.


Confira também:

Comentários