Autor: Tito Prates
ISBN: 978.85.6890.463-3 *
Ano: 2017
Editora: Illuminare
Informações adicionais:
Número de páginas: 120
Tipo de diagramação: abres de capítulos simples, a diagramação do texto é em fonte serifada, mas o espaçamento entre as letras é um pouco diminuto.
Cor das páginas: amareladas
Fonte: serifada
Capa: brochura fosca com orelhas laterais
Sinopse:
Primeiro livro de ficção do pesquisador literário, especialista em Agatha Christie, Tito Prates. O autor nos traz um livro de contos com mistério, suspense, terror e finais sombrios e inacreditáveis.
Vencedor do desafio da Editora Illuminare "Contista do Ano / 2016", Tito Prates nos brinda com personagens intrigantes e versáteis.
Nota:
Resenha:
Eu tenho lido livros maiores do autor e este é o primeiro com contos menores que leio. O bacana destas coletâneas é que você pode ver como o escritor se sai em poucas páginas e aproveitar vários temas e enredos de uma única vez. Aqui há contos da Tia Burghetinha que se passam em sua mocidade na década de 30, passando por investigações em tempos mais atuais de Pierrette auxiliando Pacco e o encerramento é um conto um pouco maior e focado em uma trama de terror com demônios. Ou seja, tem pra todos os gostos e é muito bom poder ver a desenvoltura do autor na hora da escrita, seja em um conto de época ou num terror durante a segunda guerra, ele prova que consegue segurar o leitor em qualquer um dos temas.
Porém, eu vou falar de alguns problemas técnicos do livro antes de passar a comentar cada um dos contos em separado, ok? Pois são problemas de âmbito mais geral e eu não vou precisar ficar repetindo alguns deles durante as resenhas de cada um.
(explicação do asterisco *) Uma coisa que me deixou muito confusa já de cara é que a obra não vem com o ISBN marcado nela. Não que não exista, ele existe sim, e está lá no Skoob marcado certinho. Porém, não há um código de barras no final com ele e muito menos a numeração aparece na página interna de catalogação da obra. Parece uma bobagenzinha, mas é justamente esse número que nos ajuda na hora de cotar a obra em sites para comprá-la, então a ausência nela física me foi muito sentida e espero que a editora corrija esse problema nas próximas impressões, nem que seja apenas para adicioná-lo na ficha catalográfica interna.
Porém, eu vou falar de alguns problemas técnicos do livro antes de passar a comentar cada um dos contos em separado, ok? Pois são problemas de âmbito mais geral e eu não vou precisar ficar repetindo alguns deles durante as resenhas de cada um.
(explicação do asterisco *) Uma coisa que me deixou muito confusa já de cara é que a obra não vem com o ISBN marcado nela. Não que não exista, ele existe sim, e está lá no Skoob marcado certinho. Porém, não há um código de barras no final com ele e muito menos a numeração aparece na página interna de catalogação da obra. Parece uma bobagenzinha, mas é justamente esse número que nos ajuda na hora de cotar a obra em sites para comprá-la, então a ausência nela física me foi muito sentida e espero que a editora corrija esse problema nas próximas impressões, nem que seja apenas para adicioná-lo na ficha catalográfica interna.
O livro carece de uma revisão urgente.Embora conste o nome de uma revisora (que até está em negrito na ficha catalográfica interna e destoa de toda a ficha), é visível que não houve de fato uma correção. Creio que possa ter acontecido de o corretor ter enviado o arquivo errado e ao invés de passar o que "arrumou", passou o que "recebeu" de volta. Afinal, há momentos em que faltam preposições e a frase fica sem sentidos, em outros o sexo do personagem muda de masculino para feminino (ele vira ela e depois volta a ser ele - no último conto mesmo acontece várias vezes; em um momento do conto de Pierrete a personagem loira responde atravessado para a personagem morena e esta que a loira ficou brava com a loira), palavras escritas errado (câmara fria quando escrita no word o danado muda câmera para câmara, mas câmera e câmara são coisas bem distintas e o word não entende, sendo assim, a grafia esta errada em por conta dessa auto correção), repetição de palavras chave na mesma sentença e várias exclamações seguidas (o que pela regra ortográfica não é aplicável, em obras literárias uma exclamação basta).
Voltando a dizer, o autor escreve muito bem e esses errinhos são típicos de quem tem uma ideia e começou a digitar correndo para não perdê-la (a câmera/câmara mesmo é claramente um erro de auto correção que precisa ser recorrigido depois), então a correção do livro deixou muito a desejar. Sendo assim, espero muito que a editora revise isso para as próximas impressões e corrija de fato esses probleminhas para dar ainda mais valor a obra.
Agora, deixe-me falar sobre os contos em si. O livro está dividido em 3 partes e cada uma destas apresenta um "elenco" próprio de personagens. A primeira parte são os casos de Tia Burghetinha com 4 contos, a segunda parte é destinada a Pierrete Gobbo e o delegado Dr. Meirelles com um conto para cada, e, por fim, a terceira parte apresenta um conto de terror sobre demônios que tornaram o mundo um lugar pior durante a Segunda Guerra Mundial e a missão do protagonista e deter um deles.
Parte Um: Tia Burghetinha
Os Três Suspeitos:
No primeiro conto, que se passa na mocidade da tia-avó de Pierrette, Burghetinha está em um clube luxuoso em Campinas, dedicando-se a leitura, quando um homem passa gritando que uma mulher foi atingida. Acontece que a moribunda estava jogando com três pessoas antes de ir a toalhete e automaticamente eles se tornam os suspeitos do crime. Creio que esse seja o primeiro caso da (então) senhorita, e é bem bacana ver o como ela consegue ter uma analise rápida sobre o que se passou e desvendar o assassino na cara do próprio.
A Herdeira:
Burghetinha faz parte da Liga das Senhoras Caridosas de Rio Claro e fica extremamente triste ao saber que Nilse, sua conhecida e uma das cabeças da organização, faleceu e ela não pode ir ao seu enterro, sua missa de sétimo dia e nem mesmo soube do ocorrido. Florbela, amiga muito próxima de Nilse, é quem vem contar a ela o que houve e diz estar muito preocupada pois estão achando que ela cometeu suicídio, o que não era de seu feitio. Mas basta ela começar a investigar essa história para descobrir que o buraco é bem mais fundo e o próprio responsável pela morte da senhora será um de seus herdeiros se nada for feito.
A Freira:
O padre e duas freiras moram no vilarejo fundado pelo pai de Burghethinha. Acontece que uma delas já está muito idosa para ajudar nos afazeres domésticos e da igreja, o que leva o padre a pedir que outra freira seja encaminhada para auxiliá-los. E não demora para que outra mulher seja mandada e a vila toda vai recebê-la e preparou até uma festa. Porém, está freira é o oposto da bondade das outras e começa a transformar as coisas na igreja, sendo extremamente xenofóbica e racista, o que destoa com a conduta que deveria ter. Isso faz com que Burghetinha dê um jeitinho de investigar o que se passa com essa fanática e acabe por esbarrar em coisas muito mais sérias do que poderia supor.
Romance Soteropolitano:
Esse aqui não é bem um conto de Burghetinha, mas por ser algo de época foi colocado na mesma parte. Trata-se do diário de Escolástica, jovem rica, requintada e dona de uma grande beleza, que apaixona-se perdidamente por Cláudio Botelho e estão prestes a se casar. Porém, o aparecimento de uma nova e cruel figura na vila muda a vida dela e de várias pessoas ao seu redor. Para que seu amor viva, ela precisa fazer um sacrifício contra seu próprio coração. Mas Cláudio não tem a intenção de abrir mão de seu amor tão facilmente.
Parte Dois: Pierrette Gobbo e Dr. Meirelles
Fast Crime no Fast Food:
Pierrette terminou um trabalho em Salvador com alguns dias de antecedência, sendo assim, ela decide aproveitar o tempo livre para curtir a cidade e espairecer um pouco. Entre suas andanças ela acaba parando em um Shopping para almoçar. Entre as várias opções de lanchonetes e restaurantes, ela acaba percebendo que algo fora do comum está acontecendo em um restaurante fechado. Não demora para que Pacco veja a garota e peça sua ajuda para solucionar o assassinato do cozinheiro do local.
Batom Naná:
Ele consta como um caso do Dr. Meirelles, mas, na verdade, ele não é bem o protagonista não. Em São Paulo alguns casos de assassinato de senhoras de idade vem chamando a atenção por conta da "arma do crime", um batom envenenado e um saco de pão escrito "batom naná". Acontece que, na década de 50, algumas garotas moravam na mesma vila, nenhuma era rica, mas havia sim uma diferença financeira muito grande entre elas e a mais pobre dentre elas sofria bullying constante por conta de sua extrema pobreza e por sua mãe ser vendedora ambulante. São essas mesmas pessoas que podem estar por trás e/ou sendo assassinadas agora. Que tal tentar adivinhar quem é o culpado?
Parte Três: O demônio da noite dos cristais
O demônio da noite dos cristais:
Durante a segunda Guerra Mundial muitas são as atrocidades cometidas contra judeus. Uma das judias que foi humilhada e ferida por um dos "oficiais de Hitler" pode ter sido a porta de escape para uma criatura terrível, que vive de espalhar o ódio crescente na população. Ernst Baum está convencido disso e tentará de todas as formas descobrir o paradeiro dessa senhora e uma forma de reverter toda essa maldade do mundo.
Comentários
Postar um comentário