Livro: "Melodia Mortal" por Pedro Bandeira e Guido Carlos Levi

Título: Melodia Mortal

Autor: Pedro Bandeira e Guido Carlos Levi

ISBN: 978.85.9517.00-25

Ano: 2017

Editora: Fabrica123


Informações adicionais:
Número de páginas: 240
Tipo de diagramação: abres de capítulos simples, a diagramação do texto é em fonte serifada, e um ótimo espaçamento entre as letras
Cor das páginas: amareladas
Fonte: serifada
Capa: brochura com grandes orelhas laterais


Sinopse: 
Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchaikovsky morreu de cólera ou envenenamento? Chopin morreu mesmo tuberculoso? E Beethoven, foi vítima do alcoolismo? A resposta, ou pelo menos algumas hipóteses plausíveis para essas perguntas, estão em Melodia mortal, estreia na ficção adulta de um dos maiores autores para o público juvenil do país. Escrito a quatro mãos por Pedro Bandeira com o médico Guido Levi, o livro examina, à luz dos conhecimentos da medicina contemporânea, os indícios possíveis sobre as mortes polêmicas de alguns grandes compositores da música clássica. E quem conduz a investigação é ninguém menos que Sherlock Holmes, auxiliado pelo seu fiel escudeiro, o doutor John H. Watson, que narra as aventuras do detetive na empreitada. Talvez não seja possível, tanto tempo depois, elucidar a causa dessas mortes que a medicina da época não foi capaz de precisar, mas a diversão é garantida neste romance cheio de teorias científicas e enigmas que formam um intricado quebra-cabeça, na tradição da melhor literatura policial.

Nota:


Resenha:

Quem nunca leu Pedro Bandeira na vida escolar, não é? Um dos autores nacionais mais queridos de todas as pessoas que passaram pelo ensino fundamental das escolas públicas pelo país. Afinal, como não esquecer os livros escritos por ele pela "Coleção Vagalume", hein? Definitivamente eram livros para se gostar de ler e eu guardo com um carinho gigantesco em minha memória o como ele foi um dos autores da minha infância que me fez crescer uma leitora de livros.

E então, eis que ele decide lançar um livro sobre um tema que também é uma paixão arrebatadora de minha infância: Sherlock Holmes! Não me faltou mais motivos para querer muito ter esse livro em mãos e bastou pagar a minha fatura do cartão (é gente, a situação não está fácil não, ainda mais que eu estou desempregada, então tenho uma renda super reduzida) para poder comprar essa belezinha e mergulhar na leitura.

O livro, na verdade, é uma "coletânea de contos", onde Sherlock Holmes e John Watson acabam discutindo a respeito da morte de alguns gênios da música clássica. Holmes não é médico, mas um entusiasta da música erudita e aproveita que Watson está no ramo que ele não está para levantar alguns questionamentos.

Como eles não presenciam as mortes, a "investigação" acaba ocorrendo por conta de um outro caso no qual eles estão trabalhando no momento e que remeta ao que aconteceu (ou ficou conhecido por ter acontecido) na época da morte dos músicos. Ou seja, são duas "investigações" por capítulo (ou conto, como preferir chamar).

E, outro ponto, ao final de cada um dos contos há uma junta de médicos amigos e fãs de Sherlock Holmes que, por uma alegria do destino acabaram lendo os contos e unem-se para discuti-los a luz da medicina atual. Eles pegam os dados fornecidos por Holmes e Wtason e trabalham com o que é atualmente conhecido no capo médico de tal especialidade.

Porém, é claro, tais médicos também são fictícios e os contos não são de Doyle, mas Pedro Bandeira e o médico Guido Carlos Levi (que descobri pela orelha do livro ser meu conterrâneo) trabalharam muito bem na descrição e na forma narrativa para que pareçamos mesmo estar lendo algo do Dr. Watson.

Para os fãs muito aficionados do detetive, pode ser que uma ou outra informação canônica possa irritá-lo por não bater (afinal logo nos primeiros capítulos é visível a confusão que os autores fizeram ao citar "Signo dos Quatro" com o título de "Um Estudo Em Vermelho" - o que quem ler vai perceber sim que foi um relapso, pois a própria descrição do conto remete ao Signo), mas nada que realmente comprometa a leitura. Para ser bem honesta, acho que a obra vai acabar levando novos leitores a quererem conhecer as obras clássicas, o que é maravilhoso a meu ver.


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