Autora: Mari Sales
ASIN: B01GSPUIWK
Ano: 2016
Editora: publicação independente
Disponível para compra: https://www.amazon.com.br/product/dp/B01GSPUIWK/
Informações adicionais:
Número de páginas: 27
Sinopse:
Olá, meu bebê. Você já está entre nós. Como assim? Não era só para o mês que vem? Também achei, mas você decidiu mudar todo o rumo dessa gestação e nascer no dia que você escolheu, num domingo, às 21:53 horas. Sua presença foi um presente que nos iluminou. Não se preocupe, vou contar toda a história.
Nota:
Resenha:
Primeiro conto que leio da autora Mari Sales e, embora eu não seja mãe, ele é bem diferente de todos os relatos de mães que eu já ouvi (ou presenciei), então, creio que a maternidade chega de formas diferentes para cada uma, mas senti uma leve romanceada, sabe?
Podemos acompanhar o dia anterior ao nascimento da criança, o dia em que a criança nasce e o primeiro dia de vida dela no decorrer da trama. O neném (que eu não sei se é menino ou menina, pois a autora não fala) vem ao mundo aos 8 meses, adiantando-se.
A forma como a mãe encara o estouro da bolsa no primeiro momento é de nervoso, sendo substituído por uma paz e tranquilidade (típicas de mãe mesmo), enquanto o marido está uma filha de preocupação (oh dó, eheheh).
Da hora que ela chega ao hospital para frente eu achei que não foi lá muito real. Tive amigas mães que fizeram o parto pelo SUS e outras que pagaram, todas relatam em maior ou menor intensidade algum tipo de coação obstétrica. A personagem aqui teve sim a opção de escolha até o último minuto, mas infelizmente essa não é a realidade de todas as mulheres (uma grande pena, é verdade).
É interessante ela narrar o como a anestesia age no corpo dela, mas como ela não diz depois que é medicada na pós cirurgia (cesária, onde várias camadas de carne, músculo e gordura são cortadas) e ela faz questão de narrar que nos dias depois não sentiu dor, da aquela impressão de que a mulher que sentir dor "está mentindo", o que não é verdade.
Acho muito bacana textos que se baseiem justamente nesse momento da vida de uma mulher. A escrita da autora é cativante e bem trabalhada. Mas, infelizmente, temos que concordar que a romantização extrema da maternidade tem trazido muitos malefícios para mães de primeira viagem, então é nosso dever avisar que isso que se passou não é regra! Por favor, se sentir dor, você não é menos mãe, você é humana e merece ser bem tratada e acudida sim.
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