Autor: Carlos Orsi
ASIN: B00D7L60AI
Ano: 2013
Editora: Draco
Disponível para compra: https://www.amazon.com.br/product/dp/B00D7L60AI
Informações adicionais:
Número de páginas: 24
Sinopse:
Conto policial de Carlos Orsi, autor de As Dez Torres de Sangue, baseado na obra de Sir Arthur Conan Doyle. Enquanto faz o mundo acreditar que está morto, Sherlock Holmes retorna incógnito a Londres para investigar uma trama sobrenatural, assumindo a identidade do homem que o conhece melhor.
Nota:
Resenha:
De todos os contos lançados pela editora Draco com o tema "Sherlock Holmes" em 2013, esse foi o que mais me deixou decepcionada. Eu, aliás, já até li outro conto do autor, que também não me agradou muito, então acho que provavelmente não é um autor que segue uma linha que me agrade, mas pode ser que agrade você, não é mesmo? Porém,vamos lá falar sobre o que se passa neste conto e, quem sabe, se você ler e gostar possa comentar comigo depois.
John Watson perdeu o grande amor de sua vida, Mary, após um acidente de carroça. A moça andava pela rua quando um cavalo veio em sua direção e o susto súbito a matou do coração. Não foi culpa do cocheiro, ele até tentou parar e o cavalo não tocou Mary de forma alguma. E, embora tudo realmente indique que ela morreu do coração, algo nessa história não cheirava muito certo.
Todos os acontecimentos da trama se passam após a morte de Mary então, o que disse antes, é praticamente uma abertura para que você se situe. Já que o viúvo John Watson está de amizade com o cardiologista Arthur Conan Doyle (não sei porque o povo teima em acreditar que John e Sherlock eram reais...) e pode estar correndo perigo.
Sherlock Holmes, que está se fazendo de morto após sua "luta" que culminou na morte do professor Moriarty, tem informações de que Arthur está atraindo John para uma "seita espírita" a troco de comunicar-se com sua falecida esposa.
Há dois pontos na trama, um é que tudo o que é descrito como "espiritismo" na trama não passa de um amontoado de bobeiras que passam milhares de quilômetros longe da religião, faltou (nem que fosse uma mínima) pesquisa do autor. Espiritas não tem olhos maçons em broche, não faziam demonstrações a torto e a direito de "comunicações", nunca (em hipótese alguma) fazia uso de qualquer tipo de fumo ou bebida antes das orações (até hoje pede-se uns 3 dias sem isso para frequentar os centros espiritas), e nada é feito a meia luz ou na penumbra. Um próprio livro do próprio Arthur Conan Doyle, que já foi resenhado aqui, "A Terra da Bruma" fala muito sobre charlatanismo e misticismo usado como "espiritismo" - aliás, é bem interessante ver as criticas que o próprio autor fez a religião, ele não era tão tonto quanto o mundo acha, viu?
Arthur Conan Doyle acaba sendo visto como um "trouxa" e o Sherlock diz que ele será "enganado por crianças que vão mentir sobre fadas" num futuro próximo (numa frase mais pomposa que mais ou menos quer dizer isso aí). Eu já falei sobre essa história das fadas quando resenhei o livro da Maria Konnikova aqui, então acho que seria redundante tocar no assunto novamente, sabe?
Voltando a trama. Mycroft dá um jeito de mandar John Watson para América a serviço da coroa britânica, enquanto Sherlock se disfarça e toma seu lugar para assumir a vida de John e salvá-lo de ser morto ou enganado, mas sem revelar-se ao amigo. Achei um tanto quanto forçado isso, já que há uma grande diferença entre o físico dos personagens e até mesmo o "filho" do John não chega a perceber que não se trata de seu pai, bem como a estranha passividade do médico enlutado de aceitar viajar pra longe sem levar seu filho junto. Ficaram muitas pontas soltas e faltou pesquisa, logo, esse conto foi decepcionante para mim, desculpe.
obs: fiquei meio boiando com a sinopse, sabe? Já que pela sinopse do conto citado não é uma trama referente ao Arthur Conan Doyle também.
obs 2: como assim já existia umidificador de ar? Hein?
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