Livro: "As Aventuras de Wonder Woman na Super Hero High" de Lisa Yee

Título: As Aventuras de Wonder Woman na Super Hero High (DC Super Hero Girls #1)

Título original: "DC Super Heroes Girls - Wonder Woman at Super Hero High"

Autora: Lisa Yee

Tradutora: Raquel Zampil

ISBN: 978.85.7980.289-8

Ano: 2016

Editora: Rocco

Gênero: Aventura


Informações adicionais:
Número de páginas: 250
Tipo de diagramação: diagramação bem simpática, com abres bem marcados em tonalidade azul (a cor da saia da icônica personagem) o que dá uma visão bem bacana do livro, mesmo fechado
Cor das páginas: levemente amareladas, com enfeites azuis em formato de "bolinhas" e "estouro"
Fonte: agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: fosca, mas com o título e alguns detalhes do cabelo da protagonista em prateado brilhante, orelhas e o interior da capa é em tom amarelo


Sinopse: 
Wonder Woman é uma guerreira e princesa amazona. Criada na Ilha Paraíso, ela sempre sonhou em ser uma super-heroína – a melhor de todas as super-heroínas. As aventuras de Wonder Woman na Super Hero High é o primeiro livro da série DC Super Hero Girls, bem-sucedido projeto multiplataforma da DC Comics, com websérie no YouTube, jogos e aplicativos, além de uma linha de bonecas e fantasias. Escrita pela premiada Lisa Yee, a série apresenta os clássicos heróis da DC Comics – entre eles Wonder Woman, Batgirl, Green Lantern e Arlequina – para uma nova geração de leitores. Com foco nas jovens heroínas, a autora leva os personagens para uma escola especial onde eles aprendem a usar seus poderes e vivem grandes aventuras, enquanto passam por situações e dilemas típicos da adolescência. Uma nova roupagem para ícones da cultura pop que agrada tanto aos velhos fãs quanto aos mais novos. 
Ponto forte: série recupera ícones vintages em roupagem contemporânea para trabalhar o empoderamento feminino entre as crianças. 
Prateleira: indicado para fãs de Ever after high e Monster high, e da série de livros Diário de uma garota nada popular (Rachel Renne Russell).

Nota:


Resenha:

Embora eu seja amante de quadrinhos e ainda siga algumas coleções de personagens específicos (e que final revoltante foi aquele de Injustice, hein? Não me conformo até agora.... 5 anos acompanhando para acabar xoxo assim? Que revolta.), não sou do tipo de fã chato que ache que novas roupagens para antigos personagens seja algo ruim. Para ser honesta e bem sincera, acho que cada vez que reinventam os personagens lhes dão novos traços, novas tramas e os trabalham novamente, mais e mais pessoas acabam se aventurando no mundo dos quadrinhos. Afinal, ninguém quer começar da metade, não é? E é extremamente chato não saber por onde começar, então, quando surgem novas coleções é hora de agarrar a chance com unhas de dentes.

Aliás, uma dica, para quem quer começar a coleção de quadrinhos da DC desde o início agora é uma boa fase, viu? Pois as adições dos Novos 52 estão findando e as edições de "Renascentes" ou "Renascimento" (em inglês é Rebirth, mas não sei ainda qual deles vão adotar por aqui, já que a tradução tem ambas variantes) vão começar nos próximos meses. Uma oportunidade maravilhosa para conhecer um novo começo na estória icônica destes consagrados personagens.

Dentre eles, é claro, a símbolo máximo do poder feminino na DC: a princesa Diana Prince, que atende pela alcunha de Mulher Maravilha, e não tem medo de dar "porrada" nos malfeitores. Quem aí disse que princesa não pode andar armada, hein? Quem pensa assim certamente não conhece a moça, que além de um laço da verdade,um poderoso escudo e uma espada, tem punhos de aço e um coração enorme.

Mas, voltando a falar deste livro em si. A autora Lisa Yee, a qual eu nunca li nada antes na minha vida, ganhou a missão de transportar a heroína para o livro em uma trama feita sob medida para agradar crianças (e adultos que não sejam chatos, claro). Mas, como fazer uma personagem que nasceu nos quadrinhos como um fetiche sexual de homens se tornar o símbolo feminino para crianças fãs da Batgirl? A missão parecia mesmo bem difícil, se você conhecer o passado nada "infantil" da Mulher Maravilha, mas a autora soube se sair bem, sabe?

Amanda Waller é a diretora da escola Hero High, sim, a autora teve uma grande sacada e colocou a fabulosa personagem representante das mulheres negra, personificação de coragem, determinismo e totalmente e destemida, como a cabeça da escola de super heróis. Não que essa seja a única escola, mas ela tem sido a mais concorrida por anos e tê-la no comando é algo muito bom.

Amanda soube sobre Wonder Woman e manda um convite para que ela se una a escola de heróis em uma vaga que está disponível no momento. Entrar para a Hero High é muito concorrido, e ela se anima com a oportunidade após receber a autorização de sua mãe, Hipólita a rainha das amazonas na Ilha do Paraíso (pois é mais fácil as crianças chamarem a ilha assim ao invés de Themyscira, não é?)

Ao chegar na escola, Wonder Woman descobre que para ela entrar "uma pessoa teve que sair" e alguém decide começar a fazer disso um motivo para persegui-la. Fazendo com que os outros alunos a odeiem, deixando bilhetinhos contra a garota e uma série de outras maldades. Na verdade, é interessante o como a autora soube discutir o que é bullying, como ele acontece contra a vontade da vítima e sem que ela seja a culpada de nada, em um universo de super heróis, mas usando como pano de fundo os problemas reais de jovens estudantes.

Ok, é claro, as matérias que os heróis tem não são as mesmas das crianças do mundo real, mas os problemas nos quais eles passam na escola: a dificuldade de se enturmar, a distância e a saudade de casa, a falta de conhecimento sobre si mesmo e o quanto você é importante e diferente sendo como é, são alguns dos mesmos problemas enfrentados por crianças de verdade no mundo real.

Wonder Woman acaba sendo motivo de chacota até por seu próprio nome e tem dificuldades de se enturmar no primeiro momento. Sendo que a única pessoa que esta ao seu lado só esta por ali para filmá-la e colocar no youtube (puro interesse por likes). E, claro, ela é tão inocente que não consegue realmente ver a maldade no que os outros a fazem, comportamento que vemos até mesmo em adultos, não apenas em crianças.

O livro, claro, trás outros personagens da DC como o Lanterna Verde e o Capitão Frio, mas o ponto máximo são as personagens femininas como Harley Quinn (Arlequina), Poison Ivy (Hera Venenosa), Hawakgirl (Mulher Gavião), Katanna (a própria em sua glória, poder e com único nome, baby!), entre outras. Apenas senti falta da Zatanna, a minha personagem favorita, mas ok.... Quem sabe ela não surge mais para frente, não?

Ah, e só para deixar um gostinho, a escola entra em uma competição contra outras escolas, inclusive uma com nome fictício de fachada, mas que na verdade esta formando os futuros vilões da editora. E, antes que você pergunte se a maioria das citadas ali não são vilãs na verdade, eu digo: é, né? Mas nem todo mundo nasce mau, não é mesmo?

A continuação da série está programada para esse ano e conta com a Supergirl como a protagonista da vez, vai valer a pena esperar, com certeza!













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