Título: Só O Amor Consegue
Autora: Zibia Gasparetto, pelo espírito Lucius
Editora: Editora Vida & Consciência
Ano de publicação: 2013
Gênero: Romance espírita
Edições:
Brochura:
Capa dura:
Econômica (Avon):
Sinopse:
Nota:
Diagramação, curiosidades e particularidades:
Há uma primeira parte sobre esse livro no qual esclareci sobre uma particularidade nas obras da autora: o fato de alguns livros dela ganharem mais de uma versão de impressão no mesmo ano e a diferença entre elas.
Claro que usei uma obra em específico (pois infelizmente não teria como comprar todos os livros dela e mostrar a diferença em todos), mas no geral ela vale como uma ideia sobre os demais. Essa postagem especial pode ser ida aqui, ou clicando na "parte 1" indicada neste rodapé.
Então, aqui tratarei apenas da resenha da trama e das minhas impressões sobre a obra. Tudo o que for relativo a impressões, fonte, capas e afins estão reunidos lá, belezinha? Vamos em frente!
Resenha:
"Só O Amor Consegue" é um livro bem interessante, mas infelizmente não me tocou como os anteriores que li da autora. Embora tenha me interessado muito por ele no começo, em certo ponto a própria trama central é deixada de lado para se desenvolver acontecimentos na trama de pessoas fora do convívio familiar da menina, que até então só haviam sido mencionados.
Acho que a ideia geral foi boa, mas achei que a execução ficou um pouquinho perdida em alguns pontos e houve um em específico que me incomodou muito, então tratarei dele a parte.
No início somos apresentados a Margarida. Sua mãe faleceu e ela mora com o pai. Ele a provém tudo o que ela precisa e lhe é extremamente amoroso. Mas o destino da menina parece pregar-lhe uma peça quando ele também desencarna e, sozinha, sem parente algum, ela acaba sendo entregue a adoção.
Por ser uma criança mais velha do que o que jovens casais procuram, Margarida passa um tempo no orfanato até que acabe sendo adotada pela esposa de um deputado. Dora, na verdade, não tinha intenção de adotar uma menina, mas como estava enfrentando dificuldades para engravidar e uma amiga lhe garantiu que conhecia uma pessoa que só engravidou após adotar uma criança, ela fez a promessa de que adotaria alguém após seu próprio filho nascer.
Dora engravida, e embora a amiga a lembre a todo momento da promessa, ela garante que só a cumprirá assim que sua filha estiver em seus braços. E, assim que Luzia nasce, Júlia (a amiga) convence Dora de buscar a criança que ela prometeu e assim margarida ganha um lar.
Fernando e Dora lhe proporcionam uma boa vida, mas a menina é muito retraída. Também pudera, quando o marido esta longe Dora trata Margarida mais como uma criada do que como filha e a impressão que temos é que no final das contas a adoção só serviu para que a menina fosse pajem da neném.
Enquanto isso, Luiza se torna muio próxima da irmã, chegando a preferir estar com ela do que com a própria mãe. Afinal, Margarida a trata bem, a tem como um anjo em sua vida e embora tema Dora, se afeiçoou totalmente a Luiza e tentar fazer a garotinha ver o lado bom da megera.
Em muitos momentos Luiza questiona as maldades que a mãe faz com a irmã, mas Margarida sempre lhe diz que mesmo temerosa tem que ser extremamente grata a Dora, já que graças a ela acabou por ganhar um novo lar e uma chance de viver. Margarida, aliás, é a bondade extrema, e mesmo que vejamos ela tremer na base quando é chamada por Dora, ela só faz falar bem da mulher. Um fato bem curioso, já que a própria filha de Dora não consegue ver tanta bondade assim nela.
Em determinando momento o deputado Fernando acaba por conversar com a esposa e explicar que acredita que falta algo para que se aproximem da filha. Dora alega que a menina deve ser retardada, que treme por nada, mas ele garante que acha que lhe falta carinho, que viver no orfanato a fechou para as outras pessoas e é que dever deles tentar suprir essa carência da menina.
Tudo vai praticamente redondinho aqui, nós temos uma trama que gira em torno dos personagens da família e descobrimos que Fernando tem um espírito protetor, que tenta salvá-lo de um outro espírito que quer vingar-se dele por conta de desavenças passadas. É interessante ver o como esse espirito maligno acaba se ligando a Dora,já que não consegue atingir Fernando diretamente.
Acho que a única coisa que desloca um pouco a trama é quando passamos a acompanhar Júlia, a amiga de Dora, que é casada com Emiliano, um médico dedicado a ela e a filha Olívia, mas que esconde um segredo. Anos atrás, ele tentou ajudar uma paciente que sofria abusos de seu marido, porém, no processo acabou se envolvendo com a mulher e a tem como amante.
Anita, a outra, é descrita como alguém delicada, amável e em grande perigo. Mas quando ela e o médico acabam sendo sequestrados e todos descobrem o caso a coisa toda não foi muito bem desenvolvida. De uma hora para outra a doce Anita acaba virando a megera, sendo descrita como alguém ruim por ter reagido contra o ex-marido agressor, mas isso após tudo parecer ter terminado bem.
Eu entendo que queriam focar na família, no quanto ela é uma instituição sólida e que só deve existir e se houver amor. O como tudo isso serve para mudar a filha, Olívia, de uma menina fútil para alguém melhor. Mas as tais maldades atribuídas a Anita, uma mulher que entende-se que estava sendo torturada naquele momento em que xingou o ex, entre lágrimas e soluços, não me soou convincente.
Não pareceu mesmo uma boa desculpa, já que ao serem resgatados o médico vai justamente ver a amante antes de voltar para casa. Se, de fato, a mulher fosse tão ruim assim, eu acredito que ele não iria mais querer vê-l, não? Então como explicar que a primeira reação de Emiliano foi querer ver ela e só após certificar-se que ela estava bem e sendo cuidada por uma enfermeira foi embora?
Isso para alguns capítulos depois ele decidir que a Anita era o cão e o amor da vida dele era a mulher, Júlia. E acabar por terminar o "caso" por carta, sem ter a decência de revê-la ou telefonar para ela nenhuma outra vez. Soou forçado, sabe? Não gostei não, esse ponto no livro me desagradou.
Gostei muito de Júlia, achei ela uma amiga leal e uma esposa bem dedicada. Ela foi a grande auxiliadora de Dora e sempre parecia querer ajudar a amiga a ver o lado bom, é compreensível que Emiliano a amasse, mas a desculpa sobre a Anita ficou meio esfarrapada.
Existem outros acontecimentos marcantes e personagens bem expressivos no livro. Mas, e fato, acho que o que mais me desagradou foi o que aconteceu com essa personagem secundária. Também senti falta de um pouco mais de explicação sobre as vidas passadas, já que só descobrimos sobre Fernando e os espíritos que o rodeiam, mas não chegamos nem mesmo a saber sobre Margarida, a verdadeira protagonista do livro.
Um livro bem bonito, diga-se de passagem, recomendo-o com toda certeza, mas não negarei ao dizer que não o meu preferido da autora.
Confira também:
- Parte 1: sobre as três versões de impressão dos livros da autora
- Parte 2: resenha de "Só O Amor Consegue"
Autora: Zibia Gasparetto, pelo espírito Lucius
Editora: Editora Vida & Consciência
Ano de publicação: 2013
Gênero: Romance espírita
Edições:
Brochura:
- ISBN: 978-85-7722-242-1
- Páginas: 416
Capa dura:
- ISBN: 978-85-7722-244-5
- Páginas: 416
Econômica (Avon):
- ISBN: 978-85-7722-250-6
- Páginas: 264
O amor incondicional é a maior força do universo. Por mais difícil que seja uma situação, o amor sempre resolve. Essa é a maior conquista do espírito, um aliado fundamental para o progresso em todas as áreas da vida. Uns mais, outros menos, todos nós estamos desenvolvendo nossa forma de amar.
Margarida com suas marcas da orfandade; a esposa ciumenta sob a influência de um espírito do passado; a mulher traída que não soube perdoar; o marido arrependido tentando reconquistas a dignidade... Todos queriam curar suas dores e seguir adiante.
Só quando o amor brotou em suas almas, rompeu as barreiras do convencional e assumiu sua força, foi que tudo começou a mudar e, por fim, cada um encontrou o próprio caminho. Essa vitória, SÓ O AMOR CONSEGUE. - Zibia Gasparetto
Nota:
Diagramação, curiosidades e particularidades:
edição brochura e edição econômica lado a lado |
Claro que usei uma obra em específico (pois infelizmente não teria como comprar todos os livros dela e mostrar a diferença em todos), mas no geral ela vale como uma ideia sobre os demais. Essa postagem especial pode ser ida aqui, ou clicando na "parte 1" indicada neste rodapé.
Então, aqui tratarei apenas da resenha da trama e das minhas impressões sobre a obra. Tudo o que for relativo a impressões, fonte, capas e afins estão reunidos lá, belezinha? Vamos em frente!
Resenha:
"Só O Amor Consegue" é um livro bem interessante, mas infelizmente não me tocou como os anteriores que li da autora. Embora tenha me interessado muito por ele no começo, em certo ponto a própria trama central é deixada de lado para se desenvolver acontecimentos na trama de pessoas fora do convívio familiar da menina, que até então só haviam sido mencionados.
Acho que a ideia geral foi boa, mas achei que a execução ficou um pouquinho perdida em alguns pontos e houve um em específico que me incomodou muito, então tratarei dele a parte.
No início somos apresentados a Margarida. Sua mãe faleceu e ela mora com o pai. Ele a provém tudo o que ela precisa e lhe é extremamente amoroso. Mas o destino da menina parece pregar-lhe uma peça quando ele também desencarna e, sozinha, sem parente algum, ela acaba sendo entregue a adoção.
Por ser uma criança mais velha do que o que jovens casais procuram, Margarida passa um tempo no orfanato até que acabe sendo adotada pela esposa de um deputado. Dora, na verdade, não tinha intenção de adotar uma menina, mas como estava enfrentando dificuldades para engravidar e uma amiga lhe garantiu que conhecia uma pessoa que só engravidou após adotar uma criança, ela fez a promessa de que adotaria alguém após seu próprio filho nascer.
Dora engravida, e embora a amiga a lembre a todo momento da promessa, ela garante que só a cumprirá assim que sua filha estiver em seus braços. E, assim que Luzia nasce, Júlia (a amiga) convence Dora de buscar a criança que ela prometeu e assim margarida ganha um lar.
Fernando e Dora lhe proporcionam uma boa vida, mas a menina é muito retraída. Também pudera, quando o marido esta longe Dora trata Margarida mais como uma criada do que como filha e a impressão que temos é que no final das contas a adoção só serviu para que a menina fosse pajem da neném.
Enquanto isso, Luiza se torna muio próxima da irmã, chegando a preferir estar com ela do que com a própria mãe. Afinal, Margarida a trata bem, a tem como um anjo em sua vida e embora tema Dora, se afeiçoou totalmente a Luiza e tentar fazer a garotinha ver o lado bom da megera.
Em muitos momentos Luiza questiona as maldades que a mãe faz com a irmã, mas Margarida sempre lhe diz que mesmo temerosa tem que ser extremamente grata a Dora, já que graças a ela acabou por ganhar um novo lar e uma chance de viver. Margarida, aliás, é a bondade extrema, e mesmo que vejamos ela tremer na base quando é chamada por Dora, ela só faz falar bem da mulher. Um fato bem curioso, já que a própria filha de Dora não consegue ver tanta bondade assim nela.
Em determinando momento o deputado Fernando acaba por conversar com a esposa e explicar que acredita que falta algo para que se aproximem da filha. Dora alega que a menina deve ser retardada, que treme por nada, mas ele garante que acha que lhe falta carinho, que viver no orfanato a fechou para as outras pessoas e é que dever deles tentar suprir essa carência da menina.
Tudo vai praticamente redondinho aqui, nós temos uma trama que gira em torno dos personagens da família e descobrimos que Fernando tem um espírito protetor, que tenta salvá-lo de um outro espírito que quer vingar-se dele por conta de desavenças passadas. É interessante ver o como esse espirito maligno acaba se ligando a Dora,já que não consegue atingir Fernando diretamente.
Acho que a única coisa que desloca um pouco a trama é quando passamos a acompanhar Júlia, a amiga de Dora, que é casada com Emiliano, um médico dedicado a ela e a filha Olívia, mas que esconde um segredo. Anos atrás, ele tentou ajudar uma paciente que sofria abusos de seu marido, porém, no processo acabou se envolvendo com a mulher e a tem como amante.
Anita, a outra, é descrita como alguém delicada, amável e em grande perigo. Mas quando ela e o médico acabam sendo sequestrados e todos descobrem o caso a coisa toda não foi muito bem desenvolvida. De uma hora para outra a doce Anita acaba virando a megera, sendo descrita como alguém ruim por ter reagido contra o ex-marido agressor, mas isso após tudo parecer ter terminado bem.
Eu entendo que queriam focar na família, no quanto ela é uma instituição sólida e que só deve existir e se houver amor. O como tudo isso serve para mudar a filha, Olívia, de uma menina fútil para alguém melhor. Mas as tais maldades atribuídas a Anita, uma mulher que entende-se que estava sendo torturada naquele momento em que xingou o ex, entre lágrimas e soluços, não me soou convincente.
Não pareceu mesmo uma boa desculpa, já que ao serem resgatados o médico vai justamente ver a amante antes de voltar para casa. Se, de fato, a mulher fosse tão ruim assim, eu acredito que ele não iria mais querer vê-l, não? Então como explicar que a primeira reação de Emiliano foi querer ver ela e só após certificar-se que ela estava bem e sendo cuidada por uma enfermeira foi embora?
Isso para alguns capítulos depois ele decidir que a Anita era o cão e o amor da vida dele era a mulher, Júlia. E acabar por terminar o "caso" por carta, sem ter a decência de revê-la ou telefonar para ela nenhuma outra vez. Soou forçado, sabe? Não gostei não, esse ponto no livro me desagradou.
Gostei muito de Júlia, achei ela uma amiga leal e uma esposa bem dedicada. Ela foi a grande auxiliadora de Dora e sempre parecia querer ajudar a amiga a ver o lado bom, é compreensível que Emiliano a amasse, mas a desculpa sobre a Anita ficou meio esfarrapada.
Existem outros acontecimentos marcantes e personagens bem expressivos no livro. Mas, e fato, acho que o que mais me desagradou foi o que aconteceu com essa personagem secundária. Também senti falta de um pouco mais de explicação sobre as vidas passadas, já que só descobrimos sobre Fernando e os espíritos que o rodeiam, mas não chegamos nem mesmo a saber sobre Margarida, a verdadeira protagonista do livro.
Um livro bem bonito, diga-se de passagem, recomendo-o com toda certeza, mas não negarei ao dizer que não o meu preferido da autora.
Confira também:
- Parte 1: sobre as três versões de impressão dos livros da autora
- Parte 2: resenha de "Só O Amor Consegue"
Concordo com seus cometarios, independente da Anita ser a amante, pelos anos vividos entre eles, pegou mal esse "fim de relacionamento" com uma carta. Outros pontos, no inicio do livro, aparecem outros personagens que somem no meio da trama. Podem nao ser importates, mas nao se deu um "fim" pra eles. Outra coisa, fiquei curiosa com a tal cx de joias que Bruno encontrou (outro personagem que poderia ter mais destaque), abriram, ou não pra saber o que tinha nela? Enfim, como outros livros da Zibia, muito fantasioso.
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