Título: Morreu e Não Sabia
Autor: José Manuel Fernández
Tradução: Olga Cafalcchio
ISBN: 978.85.7253.292-1
Ano: 2015
Editora: Petit
Gênero: Romance Mediúnico, Espírita, Romance
Informações adicionais:
Número de páginas: 224
Tipo de diagramação: abres de capítulos simples, diagramação do texto é em fonte serifada
Cor das páginas: brancas
Fonte: serifada, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais.
Sinopse:
Quando João descobre que seu melhor amigo está namorando Elisa, o grande amor de sua vida, fica transtornado. Sem que o casal perceba, começa a segui-los por todos os lugares- na escola, no bairro, nas ruas. Numa dessas obsessivas perseguições, às escondidas, João se distrai e, ao atravessar uma rua, acaba atropelado. Desencarnado, ele não percebe sua nova condição. Um militar, também desencarnado, vai ajudá-lo a descobrir o que aconteceu, mas o jovem só tem um sentimento- vingança.
Nota:
Resenha:
Para ser bem sincera, o livro em si não dá muitos indícios de onde o moço mora, já que a trama é tratada de modo tão simples e os nomes dos locas são tão genéricos que ele poderia moral no Brasil, ma Espanha, em Marte ou em qualquer lugar, que não nos daríamos conta de onde ele morava mesmo.
Outro ponto que chama a atenção é que, diferente da maioria dos livros de romance espíritas que eu li, ele tem uma pegada bem jovem. Não é só a trama que é jovem não, a linguagem também é e as atitudes e situações no qual o protagonista passam não tem aquele esteriótipo que os adultos costumam colocar nas pessoas mais novas. Embora, em alguns momentos, as falas sejam um pouco mais rebuscadas (quando são comunicações de espíritos mais elevados), mesmo elas são de entendimento fácil e acessíveis.
A trama começa com o inseparável trio João, Marcelo e Elisa. Foi de crianças que a amizade deles nasceu e perdura até hoje, quando já tão adolescentes. Morar bem perto, no mesmo bairro, e dividir as mesmas salas de aula também serviram como um fortalecimento para a amizade dos três em todos esses anos.
É na adolescência, quando eles estão com 17 anos, que João percebe que o que sente por Elisa é maior do que uma simples amizade. A vontade de estar com ela é tanta, que ele tem certeza que está apaixonado pela amiga e acaba por se declarar. Porém, bem, as coisas não saem do jeitinho que ele queria e a amiga acaba dizendo que não sente o mesmo, que para ela existe mesmo só uma amizade entre eles.
A verdade é que Elisa também está apaixonada, mas é por Marcelo, não por João. E, além do mai, ela é correspondida por ele. Mas ao contar ao namorado e amigo que João já se declarou para ela, ambos decidem que o melhor é não deixar que ele saiba do romance deles para não perderem a amizade.
Mas como toda mentira tem perna curta. Não tarda para João ver os amigos em um momento de ternura na cantina do colégio, aproveitando-seda distância e de que não é visto, ele pode perceber claramente que entre os amigos há um romance acontecido.
Sentindo-se traído e totalmente arrasado. João decide não contar aos amigos que os viu, mas os persegue onde vão de forma escondida, martirizando-se por não ser ele o amor da vida de Elisa e acusando o Marcelo em pensamentos de traí-lo.
É em uma dessas perseguições escondidas que, cego de raiva e com sede de vingança, João não percebe ao atravessar a rua que um carro vinha em grande velocidade e é atropelado. A pancada foi tão violenta, que seu corpo foi arremessado contra o chão, bateu com a cabeça e ele morreu na hora.
Porém, ele não entende na hora o que lhe aconteceu e volta para sua casa, após "recobrar os sentidos", como se nada lhe tivesse acontecido.
Somente no dia seguinte, ao sentir a ausência de sua mãe na casa, que a preocupação bate forte e ele é levado a procurá-la no hospital vizinho a sua casa. Mas não tarda a perceber que ninguém ali parece querer atendê-lo. Indignado, ele decide vagar sozinho pelo hospital em busca de suas próprias respostas, sempre preocupado que a mãe esteja tão doente que não quiseram lhe falar.
É no necrotério, após muita procura, que João se vê frente a frente de sua nova realidade, quando um militar (o único que parece vê-loe ouvi-lo) o informa que o corpo naquela mesa é o dele próprio. O jovem custa a acreditar, mas contra fatos não há argumentos e, embora o militar não seja uma pessoa que se demonstre lá muito simpática, é apenas através dele que João poderá entender o que se passa com ele.
E, calma, é aí que a trama começa de vez. Pois João esta decidido a fazer duas coisas no pós vida: vingar-se daquele que ele julga o grande culpado por sua morte repentina e conseguir se comunicar com sua mãe e dizer que esta bem. Maldade e bondade, dois caminhos opostos, mas João ainda terá que entender isso.
Mesmo que você não goste de livros espíritas, acredito que possa gostar deste. Afinal, ele aborda um tema frequentemente utilizado em filmes, séries, quadrinhos, desenhos, e enfim! Uma trama onde a pessoa morta tenta acertar as contas com aqueles que ficaram aqui.
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