Título: A Terra da Bruma
E os extras:
- Quando o Mundo Gritou
- A Máquina da Desintegração
Título Original: The Land Of Mist
E os extras:
- The Disintegration Machine
- When the World Screamed
Autor: Arthur Conan Doyle
Tradutores: Maria Luiza X. de A. Borges ("A Terra da Bruma"), Alexandre Barbosa de Souza (os contos: "Quando o Mundo Gritou" e "A Máquina da Desintegração")
Editora: Zahar
Ano de publicação: 2014
ISBN: 978.85.378.1309-6
Gênero: Ficção
Informações adicionais:
Número de páginas: 332
Tipo de diagramação: possui um sumário (pois a obra contém tanto o livro que dá seu nome, quanto dois contos menores lançados posteriormente, além de informações sobre o autor e curiosidades)
simples, letras com serifas, títulos de capítulos em detalhes simples.
Cor das páginas: amareladas
Fonte: agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Sinopse:
Nota:
Informações:
Faz muito tempo que li este livro, mas muito tempo mesmo! Eu comprei ele na pré venda (olha como faz tempo) e fiquei tão decepcionada com os spoilers logo nas primeiras páginas do "abre" deste livro que o deixei de lado para ler os anteriores antes de enfrentá-lo. Mas, mesmo assim, acabei não fazendo a resenha dele naquela época e peço desculpas adiantada, já que as obras anteriores a esta aqui são sempre bem visitadas no blog.
Eu sou uma pessoa super tolerante para spoilers, até curto, e achei interessante terem feito o resumo dos livros anteriores (que foram lançados no Brasil por outras editoras, mas que a Zahar não comprou seus direitos para relançar), mas não precisava contar o final deste livro mesmo nas páginas iniciais deste, não é?
Ou seja, a minha dica é: leia "Mundo Perdido", "A Nuvem da Morte" (ou "Nuvem Envenenada") pule o abre de "A Terra da Bruma" e só o leia para matar sua curiosidade ao terminar este livro. Sim, apenas isso. Não queira começar lendo o abre como eu fiz, para não se decepcionar, ok?
Edição:
A Zahar foi super cuidadosa na hora de lançar esta edição de luxo deste livro inédito em português. Sim, ele é bem antigo e nunca havia sido traduzido, mas falo mais disso daqui a pouquinho.
Por hora vamos falar das características físicas deste livro, que são sensacionais e me fazem querer que a editora compre logo os direitos dos dois anteriores e os lancem com o mesmo cuidado. Afinal, imagina que lindo os três na estante com essa capa dura linda, não?
A capa, aliás, remete a uma "mesa girante", um local onde os espiritas recebem comunicação dos mortos através de um médium. E, claro, por ser um momento de dor esta trama para os personagens, ela está em tons de preto e branco, duas cores que remetem ao luto (sim, branco também é uma forma de luto em alguns países).
As páginas são em tons amarelados e as fontes possuem serifas, tudo para tornar a leitura ainda mais agradável. E, para completar, o livro possui muitas informações extras de rodapé que são muito bem exploradas e não deixam dúvidas ao leitor.
Resenha:
Antes da Zahar adquirir os direitos da trama e traduzi-la, nós nunca tivemos a oportunidade de ler essa aventura do excêntrico professor em português. Afinal, muita gente torceu o nariz só pelo fato de Arthur usar o tema "espiritismo", mas não parou para ler e avaliar que ele usou disso com seu personagem mais "irreal". Diferente de Sherlock ou do pirata Sharkey, o professor Challenger passa por aventuras que não podem ser reais, pois são totalmente ficcionais e este livro não foge a isso. Mesmo sendo espirita, por essa obra podemos ver que Arthur tinha muito medo de ser enganado por conta de sua fé e sempre foi cauteloso quanto a isso.
Na trama descobrimos que aquela simpática senhora dos livros anteriores, a pequena e bondosa senhora Challenger faleceu. Acompanhamos a dor do luto do turrão professor, que não parecem ter mais forças para nada a não ser fechar-se em sua atmosfera de dor e sofrimento.
Misteriosamente descobrimos que o professor e sua esposa tem uma filha, Enid, e o mais incrível de tudo é que a moça tem a idade do jornalista Edward Malone (ou algo bem próximo disso). Pasmem! Quem acompanha o blog sabe que sou fã do autor, mas que isso não me faz cega ao fato de ele cometer muitas gafes em suas obras (é bem o oposto, eu aponto elas sem problema, não vou arrumar desculpas esfarrapadas para justificá-las só por admirar suas obras). Afinal, quando o mundo iria "acabar" na trama anterior, por onde andava esta moça? A resposta é clara:ela não existia e Arthur cometeu mais uma gafe (e você ainda preocupado com a Mary indo visitar a mãe, hein? Que coisa).
Enid, diferente do pai, tem paixão pelas letras e a investigação, isso a faz seguir a carreira de jornalista e (olha só) trabalhar ao lado de Edward Malone, o único jornalista (até a trama anterior) que conseguiu ganhar o respeito do famoso professor.
Juntos, eles começam a trabalhar em algumas matérias para um especial do jornal sobre religiões e eles querem desmascarar todas as falcatruas que elas possam estar aplicando em seus seguidores, usando um toque de humor satírico. Mas a coisa acaba desandando um pouco, e logo eles se veem conhecendo os dois lados do espiritismo. Ou seja, o lado dos charlatões (que se dizem espiritas, usando a religião como uma palavra de fachada, apenas para para arrancar dinheiro das pessoas com faltas promessas de contatos com os mortos) e dos verdadeiros espiritas (pessoas que realmente seguem a religião de forma séria e que não tiram dinheiro de ninguém em troca de contatos com o além).
Acompanhar a investigação dos dois é interessante. Melhor ainda é ver o como aos poucos o mais cético deles acaba começando a crer que realmente exista algo mais após a vida.
E não é só a vida dos jornalistas que muda após essa investigação. O próprio professor Challenger acaba recebendo provas de que sua adorada esposa possa estar tentando comunicar-se com ele. Mas será que uma pessoa tão cética quanto ele realmente vai cair nisso? Seria apenas um charlatão ou alguém realmente precisa lhe passar uma mensagem?
Durante a trama acontece muitas coisas, em certos momentos você chega a acreditar que seremos levados a um final, apenas para ela se desenvolver para o outro lado posteriormente. Em determinado momento até o próprio leitor acaba tendo que decidir por si se a pessoa mencionada era um charlatão de fato ou se ele realmente era um médium.
Aliás, o que Arthur faz muito no livro é explicar alguns métodos aplicados pelos charlatões, então podemos dizer que ele era o tipo de pessoa que se preocupava muito com a forma leviana na qual a religião deles era tratada por interesseiros. Ele soube mostrar o lado bom e o lado ruim da história. Logo, acho que todas essas pessoas que torcem o nariz para a trama apenas pelo tema deveriam dar uma chance ao autor (chega de frescura minha gente) e aproveitar a leitura. Afinal, queridos, ele até dá dicas de como desmascarar aqueles que querem te enganar, de certa forma é uma leitura bem útil.
Agora, sobre os outros contos....
Sabemos que dois contos extras foram adicionados aqui e temos que agradecer a editora por isso, pois caso contrário dificilmente teríamos contato com eles.
"Quando o Mundo Gritou" é uma ficção científica das mais fictícias possíveis! O irreal e o imaginário é aproveitado ao máximo pelo autor. Na trama, o professor Challenger quer abrir um grande poço até o centro da Terra e provar que ela é um organismo com vida e que pode fazê-la "falar".
"A Máquina de Desintegração" um homem criou uma máquina capaz de desintegrar objetos e pessoas e ameça vender esse segredo para nações inimigas. (Isso certamente te lembra muitas tramas de ficção, não? Exato, ele foi o pai deste clichê).
O livro é bom, a edição foi tratada de forma cuidadosa e certamente agradará fãs do autor. Para quem não conhece as obras anteriores, saiba que como os contos de Sherlock, os contos de Challenger podem ser lidos fora da ordem sem prejuízo algum e a editora tomou um cuidado todo especial de explicar a trama toda em um resumo na introdução do livro (apenas não o leia se você pretende ler os outros livros, ok?)
Leita também:
- O Mundo Perdido (Livro 1)
- A Nuvem da Morte / A Nuvem Envenenada (Livro 2)
- A Terra da Bruma e outros contos (Livro 3)
E os extras:
- Quando o Mundo Gritou
- A Máquina da Desintegração
Título Original: The Land Of Mist
E os extras:
- The Disintegration Machine
- When the World Screamed
Autor: Arthur Conan Doyle
Tradutores: Maria Luiza X. de A. Borges ("A Terra da Bruma"), Alexandre Barbosa de Souza (os contos: "Quando o Mundo Gritou" e "A Máquina da Desintegração")
Editora: Zahar
Ano de publicação: 2014
ISBN: 978.85.378.1309-6
Gênero: Ficção
Informações adicionais:
Número de páginas: 332
Tipo de diagramação: possui um sumário (pois a obra contém tanto o livro que dá seu nome, quanto dois contos menores lançados posteriormente, além de informações sobre o autor e curiosidades)
simples, letras com serifas, títulos de capítulos em detalhes simples.
Cor das páginas: amareladas
Fonte: agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Sinopse:
Sir Arthur Conan Doyle já era o escritor consagrado pelos casos do detetive Sherlock Holmes quando deu início a uma série de aventuras vividas pelo professor George Edward Challenger.Nesse livro, o professor e sua paixão pela observação e pelas evidências científicas são desafiados por fenômenos sobrenaturais. Instigado por sua corajosa filha e pelo amigo constante Edward Malone, o cético e irritadiço professor vê-se prestes a ter de aceitar que a morte pode não ser a fronteira final. Seu contato com o espiritismo põe em xeque todas as suas convicções anteriores.A obra traz ainda os dois contos protagonizados pelo professor Challenger: Quando o mundo gritou antecipa temas que viriam a se transformar em rotina, como as possibilidades e os limites de exploração do globo, o caráter mercantil da ciência e a espetaculização dos eventos na mídia. A máquina de desintegração é uma investigação sobre um invento que pode pôr em risco toda a humanidade, e até o planeta, se cair em mãos erradas - o que parece próximo de acontecer.Essa edição comentada traz textos integrais, cuidadosa tradução, apresentação, notas explicativas e cronologia da vida e obra de Conan Doyle. Em sua versão impressa tem capa dura e acabamento de luxo.
Nota:
Informações:
Faz muito tempo que li este livro, mas muito tempo mesmo! Eu comprei ele na pré venda (olha como faz tempo) e fiquei tão decepcionada com os spoilers logo nas primeiras páginas do "abre" deste livro que o deixei de lado para ler os anteriores antes de enfrentá-lo. Mas, mesmo assim, acabei não fazendo a resenha dele naquela época e peço desculpas adiantada, já que as obras anteriores a esta aqui são sempre bem visitadas no blog.
Eu sou uma pessoa super tolerante para spoilers, até curto, e achei interessante terem feito o resumo dos livros anteriores (que foram lançados no Brasil por outras editoras, mas que a Zahar não comprou seus direitos para relançar), mas não precisava contar o final deste livro mesmo nas páginas iniciais deste, não é?
Ou seja, a minha dica é: leia "Mundo Perdido", "A Nuvem da Morte" (ou "Nuvem Envenenada") pule o abre de "A Terra da Bruma" e só o leia para matar sua curiosidade ao terminar este livro. Sim, apenas isso. Não queira começar lendo o abre como eu fiz, para não se decepcionar, ok?
Edição:
A Zahar foi super cuidadosa na hora de lançar esta edição de luxo deste livro inédito em português. Sim, ele é bem antigo e nunca havia sido traduzido, mas falo mais disso daqui a pouquinho.
Por hora vamos falar das características físicas deste livro, que são sensacionais e me fazem querer que a editora compre logo os direitos dos dois anteriores e os lancem com o mesmo cuidado. Afinal, imagina que lindo os três na estante com essa capa dura linda, não?
A capa, aliás, remete a uma "mesa girante", um local onde os espiritas recebem comunicação dos mortos através de um médium. E, claro, por ser um momento de dor esta trama para os personagens, ela está em tons de preto e branco, duas cores que remetem ao luto (sim, branco também é uma forma de luto em alguns países).
As páginas são em tons amarelados e as fontes possuem serifas, tudo para tornar a leitura ainda mais agradável. E, para completar, o livro possui muitas informações extras de rodapé que são muito bem exploradas e não deixam dúvidas ao leitor.
Resenha:
Antes da Zahar adquirir os direitos da trama e traduzi-la, nós nunca tivemos a oportunidade de ler essa aventura do excêntrico professor em português. Afinal, muita gente torceu o nariz só pelo fato de Arthur usar o tema "espiritismo", mas não parou para ler e avaliar que ele usou disso com seu personagem mais "irreal". Diferente de Sherlock ou do pirata Sharkey, o professor Challenger passa por aventuras que não podem ser reais, pois são totalmente ficcionais e este livro não foge a isso. Mesmo sendo espirita, por essa obra podemos ver que Arthur tinha muito medo de ser enganado por conta de sua fé e sempre foi cauteloso quanto a isso.
Misteriosamente descobrimos que o professor e sua esposa tem uma filha, Enid, e o mais incrível de tudo é que a moça tem a idade do jornalista Edward Malone (ou algo bem próximo disso). Pasmem! Quem acompanha o blog sabe que sou fã do autor, mas que isso não me faz cega ao fato de ele cometer muitas gafes em suas obras (é bem o oposto, eu aponto elas sem problema, não vou arrumar desculpas esfarrapadas para justificá-las só por admirar suas obras). Afinal, quando o mundo iria "acabar" na trama anterior, por onde andava esta moça? A resposta é clara:ela não existia e Arthur cometeu mais uma gafe (e você ainda preocupado com a Mary indo visitar a mãe, hein? Que coisa).
Enid, diferente do pai, tem paixão pelas letras e a investigação, isso a faz seguir a carreira de jornalista e (olha só) trabalhar ao lado de Edward Malone, o único jornalista (até a trama anterior) que conseguiu ganhar o respeito do famoso professor.
Juntos, eles começam a trabalhar em algumas matérias para um especial do jornal sobre religiões e eles querem desmascarar todas as falcatruas que elas possam estar aplicando em seus seguidores, usando um toque de humor satírico. Mas a coisa acaba desandando um pouco, e logo eles se veem conhecendo os dois lados do espiritismo. Ou seja, o lado dos charlatões (que se dizem espiritas, usando a religião como uma palavra de fachada, apenas para para arrancar dinheiro das pessoas com faltas promessas de contatos com os mortos) e dos verdadeiros espiritas (pessoas que realmente seguem a religião de forma séria e que não tiram dinheiro de ninguém em troca de contatos com o além).
Acompanhar a investigação dos dois é interessante. Melhor ainda é ver o como aos poucos o mais cético deles acaba começando a crer que realmente exista algo mais após a vida.
E não é só a vida dos jornalistas que muda após essa investigação. O próprio professor Challenger acaba recebendo provas de que sua adorada esposa possa estar tentando comunicar-se com ele. Mas será que uma pessoa tão cética quanto ele realmente vai cair nisso? Seria apenas um charlatão ou alguém realmente precisa lhe passar uma mensagem?
Durante a trama acontece muitas coisas, em certos momentos você chega a acreditar que seremos levados a um final, apenas para ela se desenvolver para o outro lado posteriormente. Em determinado momento até o próprio leitor acaba tendo que decidir por si se a pessoa mencionada era um charlatão de fato ou se ele realmente era um médium.
Aliás, o que Arthur faz muito no livro é explicar alguns métodos aplicados pelos charlatões, então podemos dizer que ele era o tipo de pessoa que se preocupava muito com a forma leviana na qual a religião deles era tratada por interesseiros. Ele soube mostrar o lado bom e o lado ruim da história. Logo, acho que todas essas pessoas que torcem o nariz para a trama apenas pelo tema deveriam dar uma chance ao autor (chega de frescura minha gente) e aproveitar a leitura. Afinal, queridos, ele até dá dicas de como desmascarar aqueles que querem te enganar, de certa forma é uma leitura bem útil.
Agora, sobre os outros contos....
Sabemos que dois contos extras foram adicionados aqui e temos que agradecer a editora por isso, pois caso contrário dificilmente teríamos contato com eles.
"Quando o Mundo Gritou" é uma ficção científica das mais fictícias possíveis! O irreal e o imaginário é aproveitado ao máximo pelo autor. Na trama, o professor Challenger quer abrir um grande poço até o centro da Terra e provar que ela é um organismo com vida e que pode fazê-la "falar".
"A Máquina de Desintegração" um homem criou uma máquina capaz de desintegrar objetos e pessoas e ameça vender esse segredo para nações inimigas. (Isso certamente te lembra muitas tramas de ficção, não? Exato, ele foi o pai deste clichê).
O livro é bom, a edição foi tratada de forma cuidadosa e certamente agradará fãs do autor. Para quem não conhece as obras anteriores, saiba que como os contos de Sherlock, os contos de Challenger podem ser lidos fora da ordem sem prejuízo algum e a editora tomou um cuidado todo especial de explicar a trama toda em um resumo na introdução do livro (apenas não o leia se você pretende ler os outros livros, ok?)
Leita também:
- O Mundo Perdido (Livro 1)
- A Nuvem da Morte / A Nuvem Envenenada (Livro 2)
- A Terra da Bruma e outros contos (Livro 3)
Olá, gostei muito da resenha! Ainda não conhecia, e me interessei bastante :)
ResponderExcluirhttp://bellapagina.blogspot.com.br/
Oi Letycia, obrigada!
ExcluirO livro é muito bom mesmo, acredito que você vá gostar. O Arthur tem uma forma peculiar de escrita que sempre me chama a atenção.
Eu li este após ler os títulos anteriores, mas se quiser pular para este de cara não há problema, pois os anteriores não interferem nele.
Beijinhos