Ebook: "Ghost Writer" de Felipe Fleury

Título: Ghost Writer

Autor: Felipe Fleury

ISBN: B011N06536

Ano: 2015

Editora: o autor não possui, ele publica textos de forma independente

Disponível para compra: http://www.amazon.com.br/gp/product/B011N06536

Informações adicionais:

Número de páginas: 7



Nota:

Resenha:

Este é o primeiro conto que li do autor Felipe Fleury e confesso que me senti um pouquinho "trolada", pois pelo nome eu imaginava outra coisa...

João, o protagonista da trama, é um serventuário. Ele trabalha em uma repartição pública auxiliando o juiz. Por anos ele trabalhou com juízes que lhe eram extremamente gratos por seus serviços. Ele sempre foi elogiado e agraciado com suas palavras de felicitações.

Mas quando questionado sobre o que fazia, João costumava dizer que era um ghost writer. Mas o que vem a ser um?  Bem, explico (e assim vocês ficam sabendo por que me senti sacaneada também - haha): um "ghost writer" é um "autor fantasma", ou seja, é uma pessoa paga pela editora para continuar uma obra a seu modo, mas seu nome não constará como autor. Ele tem, inclusive, um contrato de confidenciabilidade que o impede de contar com o que trabalha e o que escreveu.

Ou seja, ninguém nunca sabe quem é um ou o que ele escreveu e normalmente é muito difícil descobrir se uma obra foi ou não escrita por um ghost writer. O caso atual mais famoso que temos notícia é da autora Lisa Jane Smith (L.J. Smith) que foi demitida de sua editora porque estava seguindo seu conto de forma que "não agradava a chefia". Em seu lugar foi contratada uma ghost writer e ninguém saberia isso se a própria Lisa não tivesse se revoltado e publicado em seu site. Desta forma a editora se viu forçada em dar o nome da ghost writer, Audrey Clark, mas mesmo assim usou os nomes de Lisa nas capas dos livros sem um pingo de vergonha por várias edições. E, detalhe, a própria Lisa foi impedida de continuar sua obra e não ganhou nenhum centavo pelo uso de seu nome.

Voltando ao conto: João escreve as sentenças finais de um processo e isso o faz se considerar um "escritor fantasma", em tese até pode ter alguma lógica, mas o termo (em tese) é exclusivo da literatura, por isso eu me confundi (snif! Mas acredito que não fui só eu tá?). Mas vamos deixar o João sentir um pouquinho da fama (isso porque ele trabalha num Fórum e parece não saber a tal clausula de confidenciabilidade, ehehhe. João você não é assim tão esperto quanto pensa, hein?) e dizer a todos que é um escritor fantasma por um tempo.

Porém nem tudo não flores, e a vida do serventuário muda drasticamente quando o juiz ao qual ele serve é substituído. Agora ele trabalha para Dr. Guilherme, um juiz corrupto e que não pede, manda, e nunca agradece.

Será que desta vez João vai se sentir mesmo assim tão feliz na profissão?

Fora o nome (estou magoada autor, desculpe), eu me senti um pouquinho incomodada com algumas coisinhas sobre a diagramação do conto. Os parágrafos não têm uma margem no começo (o famoso tab) e ficam muito colados um no outro, às vezes é complicado saber onde um acaba e outro começa. O uso do recurso "justificar" então, acabou de vez com as chances de se localizar. E, para piorar um pouquinho mais, como os parágrafos são muito longos, em dispositivos pequenos (como celulares, netbooks e tablets de telas menores) fica fácil se perder na leitura pela falta de diferenciação. O autor poderia dar uma olhadinha com carinho na diagramação e nos ajudar, não é? Por favor!

Aliás, como autor, Felipe tem uma escrita muito boa. Você acompanha João contando sobre a sua vida e consegue visualizar tudo, mesmo quem nunca imaginou como seria o trabalho em uma repartição púbica assim.


Comentários

  1. Olá, Ana. Fico surpreso e, ao mesmo tempo feliz com as suas considerações sobre o conto. Na verdade, surpreso, porque não esperava que esse conto fosse avaliado aqui nesta plataforma e feliz, porque, embora as falhas na diagramação do texto, parece que você gostou do conto. Como foi a minha primeira publicação na Amazon, confesso que me senti perdido para diagramar o conto e, realmente, foi publicado assim, sem o esmero que você merecia. O título apenas representa o que o protagonista sente, gosta de sentir-se mais importante, e o nome pomposo o leva a imaginar ser alguém mais importante. Talvez, por isso, tenha esperado outra coisa do texto e o título a tenha levado a imaginar que se tratasse de assunto diverso. Se desejar ler toda a minha obra, que inclui poemas e outros contos, pode acesssar:

    http://exiliodavida.blogspot.com.br/

    Fique à vontade.

    Muito obrigado.

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    Respostas
    1. Olá Felipe!
      Você esta certinho,eu gostei bastante do conto. Gosto de ser surpreendida, e mesmo que o personagem não fosse o que eu imaginava, gostei bastante. Aliás, sim, ele se sentia assim e é até bacana imaginar que na mente dele ele se via até como um autor de verdade, aquele que escrevia os processos embora a fama fosse de outro.
      Quanto a diagramação fique tranquilo. :D Eu costumo comentar sobre a diagramação também porque ninguém nasce sabendo, mas se ninguém contar o que aconteceu na leitura o autor não terá como saber, não é?
      E, claro,espero ler muitos outros contos seus! :D
      Beijinhos e obrigada pela visita!

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