Livro: "Ninguém é de Ninguém" por Zibia Gasparetto, pelo espírito Lucius

Título: Ninguém é de Ninguém (Nova Edição)

Autora: Zibia Gasparetto, pelo espírito Lucius

ISBN: 978.85.7722.472-2
Ano: 2017 (2ª edição)
Editora: Vida e Consciência

Gênero: Romance Mediúnico, Espírita, Romance

Informações adicionais:
Número de páginas: 416
Tipo de diagramação: abres de capítulos simples, a diagramação do texto é em fonte serifada e de tamanho agradável para a leitura.
Cor das páginas: brancas
Fonte: serifada, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais


Sinopse: 
Há quem pense que sentir ciúme é prova de amor ardente, até descobrir que esse sentimento é capaz de transformar a vida amorosa em doloroso drama, podendo terminar em amarga separação. Conheça a história de Gabriela e Roberto, em uma trama de amor, ciúme e traição, repleta de surpresas e reviravoltas, no livro mais vendido de Zibia Gasparetto.
"Ninguém é de ninguém" narra a história de Roberto, que é casado com Gabriela e pai de dois filhos. Após perder o emprego e a fonte de renda, Roberto passa a maior parte do tempo em casa, enquanto Gabriela, forte e determinada, começa a trabalhar cada vez mais para sustentar a família.
Com o passar do tempo, ele sente aflorar em si um ciúme doentio e passa a seguir a esposa, fantasiando um relacionamento entre Gabriela e seu chefe. A desconfiança e a falta de autoestima aprofundam seu desespero, diminuindo, assim, as chances de Roberto retomar sua vida profissional.
A desilusão, o ódio e a ambição envolvem os personagens em relacionamentos desgastantes, cheios de arrependimento, tragédias e descobertas. Ninguém é de ninguém resgata acontecimentos oriundos de vidas passadas e mostra que o companheirismo, a dedicação e a confiança são caminhos para uma convivência plena.



Nota:



Curiosidade:

Esse livro, como outros da autora que estão ganhando novas capas e diagramação atualizada, é um relançamento. Todos os dela que constam na capa as palavras "Nova Edição", o que é o caso deste, sofreu alteração de algumas palavras para adequarem-se a atualidade. Mesmo que ele tenha sido originalmente lançado em 2000. E, para ser honesta, essa nova versão deixou uns erros de digitação passar que eu esperava que houvessem corrigido, uma pena.

Essas novas versões provavelmente são mais pensadas para o público leitor com mais frequencia de romances espíritas, que são as pessoas de mais idade e com a vista já ruim. Pois, saem aquelas letras miúdas (que são um terror para quem usa óculos) e entram fontes levemente maiores, com espaçamento maior entre as linhas e recuos nas extremidades para descansar a vista.


De todas as novas capas, está foi a única no qual não gostei. Essa imagem dá impressão de livros eróticos, quem chega na livraria pode abara levando meio enganado, e não condiz muito com os personagens. Para ser honesta, a protagonista lembra vagamente a moça da foto, pela descrição que temos dela, mas o rapaz não se parece com nenhum dos homens descritos ao longo do texto, o que acabou me dando até alivio, pois ele tem uma cara de sem vergonha (ahahhahaha, confesso gente, não gostei do moço da foto, me perdoem a sinceridade, mas ele não é meu tipo).


Mas, voltando a falar da obra em si. Eu havia lido ela na versão teatro anteriormente e posso dizer seguramente que preferi aquela versão a esta, mas falo mais disso posteriormente, já que deixou esse espaço para mostrar um pouco das outras capas que a obra teve ao londo do tempo.


capa original de lançamento em 2000

edição em português de Portugal de 2008

versão teatro, escrita por Sergio Lelys


Diagramação:

As páginas internas são brancas, mas como eu já pontuei, as fontes são em tamanhos maiores e possuem serifas, então acaba sendo agradáveis para a leitura.

A capa possuí papel brilhante e orelhas laterais, para quem realmente tem coragem de usar as orelhas dentro dos livros como marcação elas são bem uteis por serem grandes.


Diferente de outros livros relançados, este não tem as primeiras páginas coloridas ou alguma outra imagem dos modelos no interior. Uma pena.



Resenha:

Eu havia lido esse livro primeiramente na versão "teatro" e quando um amigo leu a versão normal (esta aqui) achei estranho ele não ter gostado. Porém, ao pegar esta versão, eu tenho que admitir que ele tinha razão. Não sei explicar se foi a forma como Sergio Lelys trabalhou a trama que deu uma melhor fluidez (e nos faz ter menos raiva do marido da protagonista, até certa pena, eu diria), ou se o fato de ler esta versão após a outra contribuiu para essa sensação. 

Em resumo a trama tem dois casais dividindo o protagonismo, de um lado Gabriela e Roberto, pais de um casal e que dividem a casa com a empregada Nicete; do outro, Renato e Gioconda, que também possuem um casal de filhos e muitos empregados. 

Gabriela é secretária de Renato, mas seu marido não é nada feliz com a esposa trabalhando fora de casa e vive tentando fazê-la deixar o emprego, porém ela não cede, pois sente-se bem em trabalhar fora e ter seu próprio dinheiro. Roberto, que tem um armazém de produtos de construção, coloca na cabeça que poderá exigir que ela fique apenas como "do lar" se ganhar muito dinheiro e faz uma sociedade com um engenheiro chamado Neumes, pessoa na qual Gabriela não confia. 

Após um tempo, Neumes acaba desaparecendo com todo o dinheiro das pessoas que pagaram a eles pela construção de um prédio e deixa o sócio com uma grande dívida nas costas. Isso faz com que Roberto tenha que vender seu depósito e se veja como alguém desempregado. Mesmo com Gabriela sendo a única fonte de sustento da casa, ele não quer que ela trabalhe fora e chega a pressioná-la para deixar o emprego como "prova de amor" por diversos momentos. 

Gioconda e Renato tem uma vida luxuosa, o que ele ganha com a empresa os garante uma ótima casa e muito tempo livre para ela não fazer nada da vida, alem de ler revistas (sério, ela parece que só faz isso da vida!) e olhar pelos filhos (o que parece que nem faz), enquanto os empregados da casa cuidam de tudo. Renato descobre que Gabriela está passando por uma situação complicada, com o marido desempregado e sendo a única a colocar dinheiro em casa. Como ela sempre lhe pareceu muito correta e dedicada, ele pede para que ela faça alguns outros serviços de correções de contrato para testá-la. Ao perceber que ela é boa nisso, lhe oferece uma remuneração melhor e a promove. 

Porém isso deixa o marido dela ainda mais revoltado, pois começa a achar que a esposa está traindo-o com o chefe. A paranoia de Roberto é tanta, que ele consegue arrastar até Gioconda para a mesma ideia, mesmo que ele não a conhecesse antes. E a esposa de Renato começa uma perseguição sem igual com o marido, exigindo-o que mande Gabriela embora, coisa que ele não faz, e tomando medidas criminosas contra a moça com o apoio de Roberto. 

Particularmente, Roberto pisa muito na bola, não titubeou em deixar a esposa como ladra, cobra dela coisas que vão fazê-la infeliz e não lhe dá valor em vida de forma nenhuma. Quando ele passa para o outro lado após tantas maldades, achei até revoltante o quanto ele "é perdoado" rápido e o malabarismo que usam para tentar dar a Gabriela uma culpa que nós não sentimos no decorrer da trama. 

Volto a dizer, na versão de teatro até podemos sentir uma certa "evolução gradual" e "aceitação de erros", bem como uma "tentativa de melhora". Mas nessa versão completa ele me pareceu errado por tentar forçar situações a todo momento e ganhar um perdão tão rápido, parece até que "é crime tentar ajudar o outro", já que é praticamente essa a culpa atribuída a Gabriela e motivo-o dado para que ela merecesse tais sofrimentos. Por fim, achei bem dispensável na versão completa e recomendo a versão "teatro" mesmo, que, aliás, há no metro de São Paulo a venda por R$5,00 segundo minha irmã.



Comentários

  1. Sou doida para ler esse livro, mas morro de medo de não gostar por ser de um gênero que nunca li antes (romance espirita)... Estou pensando em realmente dar uma chance ao livro depois dessa resenha... Amei!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Caroline!
      Então, esses romances ditos espíritas tem mito pouco de religião, aparece uma menção ou outra, mas a grande parte do conteúdo é um romance normal mesmo, com a diferença de que na maioria das vezes do vilão é alguém que já morreu. Eu de você daria uma chance, pois são bem bacanas sim. Esse livro estava 19,90 esses dias lá no site da editora, mas em feiras de livros ele sai até baratinho e é fácil achar na capa antiga em bibliotecas pra emprestar também. Eu tinha muito receio tb, sabe? Mas depois que li o primeiro acabei gostando e atualmente é um dos gêneros que mais leio. :D

      Excluir

Postar um comentário