Livro: "Assassinato no Expresso Oriente" de Agatha Christie

Título: Assassinato no Expresso Oriente - um caso de Hercule Poirot
Título Original: Murder On The Orient Express
Autora: Agatha Christie
Tradutor: Archibaldo Figueira


Editora: Nova Fronteira
Ano de publicação: 2009
ISBN: 978.85.209.2354-2
Gênero: Investigação, Crime

Informações adicionais:
Número de páginas: 224
Tipo de diagramação: simples, letras com serifas, títulos de capítulos em negrito
Cor das páginas: brancas
Fonte: agradável para a leitura e tamanho satisfatório

Nota:

Capa, contra capa e diagramação:

Faz um bom tempo que comprei um Box (naquelas revistinhas da Avon, sabe?) com três livros da autora, são eles "Assassinato no Expresso Oriente" (desta resenha), "Cai o Pano" e "O Natal de Poirot". Porém, como mudei de casa, esse Box acabou perdido em meio a muitas caixas.
Box completo: Volume 1: Assassinato no Expresso Oriente, Cai o Pano e O Natal de Poirot

Eu o reencontrei nessa semana e, imediatamente, passei a ler o primeiro livro dele. Já faço planos para ler os seguintes (até li parte do primeiro capítulo de "Cai o Pano", antes de resenhar este, mas achei melhor parar e vir aqui de vez, ou confundiria tudo).

capa, contra capa e lombada
O Box é bem simples, realmente é uma edição econômica para atrair leitores. Eu acho bem bacana quando a Avon, Jequiti e outras revistas de cosméticos fazem essas coisas, sabe? Acho que é uma forma bem bacana de incentivar a leitura ao se vender edições mais baratinhas, mesmo que não tão trabalhadas.

A capa é fina, simples, porém eu gostei bastante da imagem dela (só percebi que era um trem quando a vi scaneada, que lenta eu!).

sumário
Todas as lombadas (dos três livros) seguem o mesmo padrão, pretinhas, escritas nas mesmas fontes e com o símbolo da editora em laranja. O que dá uma cara muito legal a coleção, pois a editora lançou vários títulos da autora na mesma diagramação e dá para fazer uma coleção de livros dela gastando menos.

O miolo é em páginas brancas, porém elas não são tão finas, elas são até bem resistentes e você não vê o verso enquanto lê (algo muuuuito bom!).

A diagramação é bem simples, porém eficaz. As letras têm serifas e não cansam na hora da leitura.

No início há um sumário (muito bem colocado, já que o livro se divide em três partes com capítulos diversos cada).

abre de capítulo
Os abres de capítulo são simples, com o número do capítulo e o título em negrito. Há um espaço considerável para o capítulo realmente começar, o que ajuda bastante na hora de folhear e achar os inícios de capítulos.

Existe somente uma imagem no interior no livro, é um desenho do vagão e o nome das pessoas que estão em cada um dos quartos alojados (o tipo de coisa que seu professor fazia você desenhar na escola enquanto aprendia a resumir os livros, ;D).

Dificilmente há alguma adição no rodapé (eu só achei uma  neste primeiro livro). Aliás, vem daí o único ponto negativo. O livro tem algumas falas em francês (já que o próprio detetive fala este idioma) e seria interessante terem aproveitado os rodapés para adicionar traduções a estas frases (seria uma mão na roda para quem não fala francês, sabe?) Mas, mesmo assim, a edição é perfeitamente linda.



Resenha:

Fazia um bom tempo que eu havia lido uma obra desta sensacional autora inglesa como ela mesma. Eu queria terminar seus livros como Mary Westmacott antes de voltar a ler os suspenses policiais, mas acabei mudando de planos. :D

Hercule Poirot é um dos detetives criados pela dama do crime, Agatha Christie, alguns dizem que ele é o mais famoso, porém eu já vi outros disserem que Mrs. Marple é a mais famosa... Então, vamos deixar de lado isso, ok? O que vale é a trama! :D

Poirot esta na Síria e precisa pegar o trem para voltar. Como a época do ao não é a das mais quentes, o trem pego por ele está tão vazio que só há mais duas pessoas ali, uma moça e um homem, ambos ingleses. Embora aparentem ser pessoas fechadas, os ingleses logo estão dividindo a mesa e conversando entre si.

O detetive não liga, ele não está ali para ser sociável, apenas quer chegar a sua próxima parada e poder descansar por alguns dias antes seguir viagem para Londres.

Mas é só chegar ao hotel que os planos do detetive são frustrados. Uma das cartas que o espera na recepção do hotel pede que siga com urgência para Londres.

Sem opção, ele pede para que lhe arrumem uma passagem no trem que sairá rumo a Londres, o Expresso Oriente, e qual não é sua surpresa quando lhe dizem que não há vaga alguma.

O fato em si é bem estranho, já que naquela época do ano ninguém costuma viajar, ainda mais estando tão frio e nevando. Mas Poirot encontra um amigo, a exata pessoa que o pode colocar naquele trem: praticamente o dono dele.

Ao descobrirem que um passageiro não chegou, Poirot é encaixado em seu lugar, o que não causa muita alegria ao seu "novo companheiro de viagem", mas não há nada que possa ser feito.

No restaurante ele chega a comentar com seu amigo, M. Bouc, a diversidade de pessoas que se encontram naquele trem, até mesmo ele (que está acostumado a andar no trem) diz que o fato é curioso.

Um dos passageiros, aliás, chega a tentar contratar Poirot, dizendo temer por sua vida. Mas algo no homem não agrada o detetive e ele recusa o trabalho sem melindres (ele chega a ser até bem grosso, mas ok).

Quando um novo vagão é adicionado ao Expresso, Poirot fica com a cabine de M. Bouc, deixando o seu "antigo companheiro de quarto", mais a vontade.

Tudo estaria correndo perfeitamente bem, se não fosse o fato de que o homem que tentou contratar Poirot não tivesse aparecido morto em seu quarto, enquanto o trem está parado em uma nevasca no meio da Iugoslávia.

única imagem no interior do livro
Sem sinal da polícia, M. Bouc pede que Poirot investigue o caso. Com a ajuda do doutor Constantine, ele vai até o quarto olhar o morto e acaba descobrindo pistas confusas.

O legal deste livro é que em um minuto todos são considerados como pessoas inocentes, que não possuíam nenhum motivo para querer que o homem morresse, e no instante seguinte todos são considerados suspeitos, porque há muito mais coisas ali do que todos estão dizendo.

Começando pelo morto, que não era quem dizia ser, e passado por cada um dos passageiros do vagão, que ou estão mentindo ou ocultando coisas. Aos poucos o detetive vai desembaraçando esse enorme emaranhado de fio, chegando a um final surpreendente.

A-MO os livros de detetive que te fazem pensar quem é o culpado, mas, definitivamente, chegar ao verdadeiro culpado do assassinato deste aqui foi impossível. Agatha brilhou e sambou do inicio ao fim. Essa mulher era uma gênia! Um livro sensacional, que mesmo em páginas brancas não lhe deixa escapar.



Confira também:

Comentários

  1. Eu tenho uma outra edição desse livro (da Nova Fronteira) e tinha o mesmo mapa dos quartos desenhado, e se me lembro bem, era a única imagem também. Acho que é uma ilustração padrão nessa história.

    Não lembro também se tinha as traduções do francês do Poirot, e eu emprestei pra uma amiga (que inclusive duvido que vá me devolver, perdi o livro então), logo não posso checar.

    Gosto muito mais o Poirot do que da Miss Marple, na verdade só tentei ler um livro com ela e larguei no meio... Li um conto com ela no Três Ratos Cegos e Outros Contos e também não gostei :(

    Sobre o final: eu amo os inesperados assim, mas eu li já sabendo do final :( esse deve ser um dos livros mais famosos do Agatha Christie, e o passatempo de muita gente é falar o final dele.. Mas, nessa onda de finais improváveis, eu recomendo bastante O Assassinato de Roger Ackroyd (QUE É IMPOSSÍVEL DE ADIVINHAR) e A Casa Torta (que eu suspeitei do culpado mas fiquei meio "ah, mas não pode ser...").

    Eu acredito que você já tenha lido O Casos dos Dez Negrinhos/Indiozinhos/Soldadinhos/E Não Sobrou Nenhum, mas, se não, também é ótimo! E é outro com um final que eu não esperava (com o bônus de ter me deixado foi super nervosa no final)

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    1. Ou Lu!

      Então... triste essa vida de emprestar alguns livros e nunca mais revê-los. Eu emprestei o primeiro de uma coleção da Zibia Gaspareto, o Violetas na Janela e o Vendedor de Armas para uma mesma pessoa e ela nunca mais me devolveu... Ela também nem leu, porque disse que não leu, mas devolver que é bom nada.... O triste é que o da Zibia só se acha o volume dois para vender agora, e eu ficarei sem o um.... E, bem, minha edição de Violetas era tão linda, se soubesse não tinha emprestado :´(

      Acho que a Nova Fronteira e a L&PM devem ter lançado a obra aqui e em ambas é provável que tenha mesmo a mesma imagem... Se algum dia pegar ele da L&PM em mãos vou dar uma folheada :D

      Eu acho que nenhum (da Nova Fronteira, pelo menos) tem a tradução, porque os outros dois desta coleção não possuem... Eu comprei aquela coleção da L&PM (que deve chegar entre hoje e amanhã) e vou tirar a prova se eles fizeram alguma tradução. Seria simpático se sim, pois eu realmente não entendo nada de francês e há trechos muito longos. No máximo eu entendo o "oui" ou "mon ami", e só, ehehhehe. Iria ajudar muito se houvesse uma traduçãozinha, né? Nem sepre estou perto do pc para perguntar ao google....

      Eu não me lembro de ter lido algum livro com a Miss Marple, mas é provável que eu tenho. Eu li vários da Agatha, mas não me lembro de nenhum assim... Ir envelhecendo é uma tragédia, oh dó, ehehehe. Então, bem, eu vou tentar achar alguns contos dela em um preço bacaninha e ler para ver o que acho. :D

      Eu li umas 4 vezes do dos Negrinhos, ahahahhaha. Eu amava esse livro! Tenho uma versão pocket dele da Editora Globo (se não me engano), e acho que deveria fazer uma resenha dele também, né? Custa ada ler uma quinta vez, ehehhehe. :D

      Quanto aos outros "A Casa Torta" consta no meu livro de casos dos anos 40 (mas é o último do livo), acho que em breve leio! :D

      Beijinhos

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  2. Este é um dos meus favoritos da Agatha, com um final realmente interessante e difícil de se supor. O Assassinato de Roger Ackroyd, que foi citado no comentário anterior é realmente impossível de se imaginar.

    Procurei no blog e não achei resenha para "O Mistério do Trem Azul". Acabei de lê-lo e estou pensando em resenhá-lo no meu blog, que além de outros temas inclui literatura.

    Seria bom conversar com alguém que gosta tanto da Agatha, como eu, pra falar sobre o livro.

    O blog está lindo, fazia tempo que eu não passava aqui.

    Beijos!

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    1. Olá Ton!

      Eu não li ainda "O Mistério do Trem Azul", então me passe o link dessa resenha por favor! Aliás, já terá uma seguidora em seu blog :D

      Olha, eu estou em uma comunidade da Agatha no Facebook, é bem bacana que o pessoal vai colocando suas leituras lá, mas também estou totalmente a disposição para teorizar sobre os livros dela. Podemos marcar e ler o mesmo até e ir fazendo suposições no caminho, ehehheh :D

      Super obrigada pelo comentário, amigo!

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