Autor: Rubens Saraceni, inspirado por Pai Benedito de Aruanda
ISBN: 978.85.3700.230-8
Ano: 2004
Editora: Madras
Gênero: Romance
Informações adicionais:
Número de páginas: 198
Tipo de diagramação: abres com os títulos na mesma fonte que o título da capa
Cor das páginas: brancas
Fonte: com serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais
Sinopse:
Ao ler esta obra, você estará entrando num mundo que deve ser sentido, explorado e vivido e que tem a intenção de fazê-lo evoluir na sabedoria do conhecimento Divino. A busca de um homem por sua alma perdida nas transgressões à Lei Divina. Um nobre rico e poderoso, mas extremamente cruel, paga pelos seus atos.
Seu corpo na morte se converte em sua prisão, julgado pelos vivos e condenado pelos mortos... Mas das trevas nasce a luz! O Guardião, sentinela da meia-noite, torna-se por seus méritos um servidor da Lei Divina.
O Guardião da Meia-Noite é, sem dúvida, um dos mais belos trabalhos já realizados por Rubens Saraceni, inspirado por Pai Benedito de Aruanda, um marco na literatura espiritualista, tendo se tornado um clássico no gênero.
Nota:
Resenha:
O Rubens Saraceni é muito conhecido e praticamente é o "Chico Xavier da Umbanda", mas esta é a primeira obra dele que pego para ler e comecei com um romance (diferente do Chico, se bem me lembro comecei com um livro de "frases" milhões de anos atrás...).
O livro é inscrito inspirado pelo espírito Pai Benedito de Aruanda, que eu acredito que seja uma das entidades conhecidas como Pretos Velhos da Umbanda e que muito provavelmente vem a ser o que trabalha com ele -mas isso eu não posso afirmar, é apenas para explicar o motivo do "pai" no nome e quem ler não achar que é o pai biológico do autor sabe? Pois as entidades da Linha de Pretos Velhos recebem todas os títulos carinhosos de Pai, Vô, Vó e Tia, uma homenagem em respeito a nossos antepassados (ou seja, aos mais velhos e mais sábios do que nós).
Agora, falando da obra em si. O livro retrata uma conversa mental entre o Exú Meia-Noite e seu médium de incorporação. Nele, o Exú conta como se tornou a entidade que é e em que momento decidiu ajudar ao próximo e os motivos. Aliás é bem curioso ver que ele não era uma pessoa muito boa em vida e ele faz questão de contar isso a seu protegido, para que ele entenda que até menos nas trevas pode haver luz.
Em vida ele conseguiu o título de Barão e era dono de muitas terras e imenso poder. Até que um dia decidiu casar-se e contou a um de seus amigos que estava a procura de uma noiva. Imediatamente o "segredo se espalhou" e muitas e muitas mulheres começaram a flertar com ele. O Barão então aproveitou-se disso para dormir com várias e várias mulheres, mas como estava cansado das mulheres de fácil conquista, foi para Portugal arrumar sua noiva lá.
Acabou que escolheu uma moça de 14 anos (isso me dá todos os tipos de ascos, ainda mais que ele tinha mais de 40) que era filha de um conselheiro real e que, se não fosse o casamento arranjado, sonhava em seguir a vida no monastério. Sem saída,ela teve que se casar a mando de seu pai e sofreu muito por ser separada dos seus parentes e amigos ao ser trazida para o Brasil.
E, embora ela seja dedicada, o Barão revoltou-se imensamente por achar que ela não era virgem e decide vingar-se, planejando uma forma de colocá-la em uma posição de vergonha e assim poder devolvê-la a sua família se passado como a vitima e não como o algoz. Porém, se plano tem algumas falhas e a situação foge muito de controle.
É um livro muito interessante e confesso que vou atrás de outros livros do autor após ter lido esse, achei bem curiosa a história de criação da falange do Exu Meia Noite. Aliás, um detalhe é que a princípio ele nega-se a falar o nome da moça (para proteger seu anonimato), mas lá para o final a chama de Beatriz. ops, escapou, né?
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