Livro: "Exu Caveira - de Padre a Guadião da Calunga" por Maria Célia Dias da Silva, inpirada por Ramon Bonvivary

Título: Exu Caveira - de padre a guardião da Calunga

Autora: Maria Célia Dias da Silva, inspirada por Ramon de Bonvivary

ISBN: 978.85.370.1068-6
Ano: 2018
Editora: Madras

Gênero: Romance

Informações adicionais:
Número de páginas: 144
Tipo de diagramação: abres com os títulos na mesma fonte que o título da capa
Cor das páginas: brancas
Fonte: com serifa, agradável para a leitura e tamanho satisfatório
Capa: brochura brilhante, com orelhas laterais


Sinopse: 
Exu Caveira, uma das entidades mais cultuadas dentro da Umbanda, ainda é para muitos um tema controverso que assusta ao mesmo tempo em que desperta a curiosidade. Por isso, a importância de ler e conhecer cada vez mais sobre o assunto é de fundamental importância a todos os umbandistas e simpatizantes da religião. Por meio deste romance, vamos ser apresentados à dualidade de um homem dividido entre o amor e o ódio, o celibato e a sexualidade, o desejo de vingança e a busca de perdão, e as consequências de suas atitudes para a própria vida. Exu Caveira – De Padre a Guardião da Calunga revela a trajetória desse homem, do seu nascimento ao seu desencarne; do despertar para o mundo espiritual até se tornar um Exu de Lei e, posteriormente, um Guardião do cemitério (calunga). Este é um livro que envolve, encanta e apaixona a cada página lida.


 Nota:



Resenha:

Mais uma amiga tinha um livro de história de um Exu e lá vou eu aceitando para ler sim, porque sou curiosa. Gostei tanto deste livro quanto do primeiro que li, pois a escrita de Maria Célia Dias da Silva é muito bem estruturada e nos prende na leitura de uma certa forma que quando damos conta estamos acabando o livro e nem sentimos as páginas passar (aliás, já vou até correr atrás de outros dela, pois vi que tem outros títulos).

Desta vez a trama é do Exu Caveira, mas deixa só fazer um adendo antes: todos as entidades que atendem pelo nome de Exu tiveram alguma "vida" anterior, mas muitas usam do mesmo nome e nem sempre são a mesma. Isso acontece por conta de uma coisa denominada "anonimato divido", que faz com que o auxilio seja mais importante do que quem o auxiliou. Ou seja, na Umbanda se da mais importância a ajuda obtida por meio das entidades do que a quem o ajudou. Então, ter o nome do Ramon contando sua vida antes do título é uma exceção, mas não a regra, e como ele há outros Exu Caveira (eu pelo menos achei mais três livros de outros autores e com sinopses bem diversas, então você pode tirar essa prova por si, ok?).

Neste livro da Maria Célia, Ramon Bolivary a inspirou em escrever sobre a própria vida dele. Filho de família abastada e dona de escravos, o menino era o filho mais novo do casal, nascido após outro menino e sendo rejeitado pela mãe que esperava que nascesse uma menina desta vez. A rejeição da mãe fez com que o pai o deixasse bem próximo de si, porém ele acabou conhecendo os bordéis e a vida boemia ainda na infância.

Quando seu irmão mais velho chega aos 15 anos, é enviado para estudar em outro local para tornar-se médico, mas falece em um acidente e sua mãe, tomada de dor, chega a pedir que preferia que ele morresse no lugar do outro filho e isso penaliza um padre, que acaba aceitando ficar com ele alguns dias, até que o pai possa colocar "mais juízo na cabeça da mulher". Porém, a mãe não o deixa de destratar e o pai acaba colocando ela presa em um quarto e segue levando o filho para o lado errado.

Ele acaba afeiçoando-se por uma negra que o pai coloca para ser "sua escrava" e isso acaba causando a ira de seu pai que decide quer quer colocá-lo em rumo ao sacerdócio, mesmo ele não tendo vocação. Cheio de detalhes e muitas outras reviravoltas até que ele chegue ao mundo dos mortos e após sua chegada, o livro faz com que fiquemos coladas a leitura até a última página.



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